Terapia de casal: Saiba quando é indicado procurar um psicólogo

Relacionamentos nem sempre são um mar de rosas. Porém, existem momentos em que buscar a ajuda de um psicólogo através da terapia de casal pode ser um recurso para salvar a relação e, até mesmo, evitar uma separação.

A terapia de casal pode ser considerada uma forma de acolhimento, num ambiente neutro, onde o casal pode expor suas questões, desabafar e construir saídas para as dificuldades e impasses.

Aquelas longas conversas, que comumente acabam em brigas e acusações, são facilitadas através da psicoterapia. O psicólogo, então, passa a fazer o papel de mediador, e de forma cuidadosa, elabora questionamentos e induz à reflexão, permitindo que o casal saia da zona de conflito e parta para a busca de soluções.

“A terapia de casal se faz necessária sempre que o casal achar necessário. Muitas vezes acontece quando há muitas brigas, falta de dialogo e às vezes até traições. E durante a terapia, há um direcionamento do profissional, para que o casal consiga se resolver”, explicou a psicóloga Edgéssica Carvalho. A especialista, porém, ressalta que a terapia não é garantia de resolução. “A resolução de conflitos depende exclusivamente do casal”, pontuou.

Conflitos graves, brigas e discussões intensas podem indicar a hora de procurar um psicólogo. Para ela, é importante entender as diferenças entre relação saudável e tóxica, afinal ambas podem influenciar o bem estar e a qualidade de vida.

“Um relacionamento saudável não deve se apegar a fórmulas prontas e nem experiências de vida de outras pessoas. Seu relacionamento não é um roteiro pré-elaborado de uma comédia romântica, muito menos um conto de fadas. Por isso, é importante não se enquadrar em padrões”, explicou.

O diálogo é fundamental

O diálogo no relacionamento é indispensável para a duração e o fortalecimento de qualquer relacionamento.  É através das palavras que os parceiros compreendem os sentimentos, as opiniões, o modo de pensar e a história um do outro. “É importante falar sobre individualidades, cada indivíduo tem suas manias, vontades, medos e isso pode influenciar no andamento da relação. Para ter um relacionamento saudável, é importante lembrar que ninguém é dono de ninguém e nem mesmo a extensão de si mesmo”, ressaltou a psicóloga.

É importante ser aberto e honesto com a pessoa que você quer dividir a vida. “Seguir o básico nunca é demais. Respeitar um ao outro, ter diálogo é sempre bom e estabelecer limites podem contribuir nas relações amorosas”, reforçou.

Diante da necessidade de tratar questões que atrapalham a vida a dois, é preciso tentar compreender o outro em suas particularidades e aprender a conviver com as diferenças em harmonia, mesmo que isso seja algo tão difícil quanto necessário. “Ter diálogo é sempre necessário, nada de dormir brigados ou chateados; evitar suposições, se você está com dúvida, exponha para o/a parceiro (a) e busque trabalhar a sua autoconfiança”, finalizou.

*Por Raísa Carvalho