Saúde e Bem-estar

Tratar asma na infância auxilia em qualidade na vida adulta

A pediatra esclareceu que quando a criança trata a asma na infância, ela consegue uma boa qualidade de vida sem apresentar sintomas da doença

A asma pode se desenvolver em qualquer idade, mas ela surge com frequência durante a infância, especialmente nos primeiros cinco anos de vida. Algumas crianças continuam a sofrer de asma quando atingem a idade adulta e em outras esse problema de saúde se resolve.

A pediatra Marília Monteiro esclarece que a asma é uma doença inflamatória crônica que causa uma limitação variável no fluxo de ar. “O brônquio do asmático é reativo ao contato com vírus, poeira doméstica, fumaça ou com qualquer outro alergênico. Após essa reação do órgão com alguma desses agentes o brônquio vai se fechar causando essa limitação na respiração”, explica.

Como a asma surge com frequência durante a infância, muitos pacientes asmáticos, deixam de fazer o tratamento adequado para tratar a doença, a médica recomenda que o tratamento de manutenção é o ideal.

“Muitas crianças fazem somente o tratamento de crise, mas a asma é uma doença inflamatória que deve ser feita com o tratamento de manutenção e não apenas com o de crise”, frisou Marília.

A profissional afirma ainda que, o pediatra é fundamental na orientação do tratamento. Marília ainda esclareceu quando a criança trata a doença na infância, ela consegue uma boa qualidade de vida sem apresentar sintomas da asma.

Marília recomenda que o controle do ambiente é fundamental para pacientes asmáticos (Foto: Arquivo pessoal)

“Com o crescimento pulmonar, a maturidade imunológica e o tratamento de manutenção feito de forma adequada, a criança mesmo tendo problemas de alergia, consegue ter longos períodos de remissão [controle da doença]”, esclareceu a médica.

Marília recomenda que o controle do ambiente é fundamental para pacientes asmáticos, além de evitar exposição a poeira.

Os pais e a população em geral costumam ter dúvidas em relação ao tratamento da asma a pediatra disse que uma das perguntas que ela mais recebe em seu consultório é sobre se a bombinha causa ou não um vício no paciente.

Ela afirmou que a bombinha não vicia, o que acontece é que muitos pacientes não fazem o tratamento de manutenção e, por isso, continuam tendo crises.

A doença pode ser desencadeada principalmente por fatores genéticos, segundo o que explicou a pediatra.

“Um paciente com asma, geralmente tem pais asmáticos, mas existem outros fatores que podem contribuir para o surgimento da doença como uma rinite alérgica, alergia alimentar, obesidade entre outros”, disse.

A falta de ar e o chiado são os principais sintomas da asma, mas a médica alertou sobre outras manifestações da doença. “Dor e pressão no peito são outros sintomas. A tosse é um alerta do corpo que muitas das vezes passa despercebido, quando a tosse acontece nos momentos que a criança faz exercício, muda o clima ou no entardecer do dia é importante consultar o médico para avaliar o caso”, comentou a pediatra.

A pediatra também falou sobre a predominância da doença nas crianças. “Até os 10 anos de idade existe uma predominância no sexo masculino, após a puberdade é comum no sexo feminino, mas é uma doença que acomete ambos os sexos”, finaliza.