Política

STJ liberta Guilherme Campos, Renan Filho e ex-secretários

Outros suspeitos de envolvimento em fraude na alimentação do sistema penitenciário também receberam liberdade

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu liberdade provisória para Guilherme Campos, filho da governadora afastada de Roraima Suely Campos (PP), estendendo os efeitos da decisão a mais nove investigados na Operação Escuridão que estavam presos há mais de 20 dias. Além dele, o deputado eleito Renan Filho e os outros investigados foram liberados do Comando de Policiamento da Capital.

O pedido foi ingressado pela defesa de Guilherme Campos após o ministro Reynaldo Soares da Fonseca já haver negado um pedido de habeas corpus, mas disse que o processo seria revisto e concedeu o habeas corpus aos outros envolvidos: João Kleber Siqueira, Ronan Marinho, Guderian Pacheco, Cloves de Castro, Josué dos Santos Filho, Breno Lampert, Weslley Gomes e Marco Antônio Rodrigues.

A Justiça atribui a Guilherme “a suposta propriedade oculta em uma empresa que mantinha contrato com o Governo de Roraima para fornecimento de alimentação ao sistema carcerário”.

O CASO – Além de Guilherme Campos, outras dez pessoas foram presas na Operação Escuridão, entre eles dois ex-secretários de Justiça e Cidadania, Josué Filho e Ronan Marinho, e o deputado estadual eleito Renan Filho (PRB). A prisão foi decretada pelo desembargador Jefferson Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça de Roraima. O caso foi parar na segunda instância estadual porque Ronan Marinho era chefe da Casa Militar do Governo e possuía prerrogativa de foro à época das investigações da Polícia Federal.