Cotidiano

Sindicalistas e Governo se reúnem para tratar de reposição e revisão salarial

As mobilizações iniciadas na semana passada por sindicalistas que representam os servidores públicos estaduais efetivos da área da educação foram consideradas positivas por alguns líderes, em razão da sinalização de um diálogo com o Governo do Estado, marcado para hoje, 18, no Palácio Senador Hélio Campos.

Na avaliação da professora Albanira Cordeiro, que representa o Movimento Organizado dos Trabalhadores em Educação (Mote), o ato que reuniu dezenas de representantes de profissionais da educação, que ocorreu na manhã de ontem 17, na Praça do Centro Cívico, foi considerado proveitoso em razão do Governo do Estado sinalizar de forma positiva que pretende receber os profissionais de várias categorias para uma reunião hoje.

“Nosso entendimento é de buscar junto com o Executivo uma forma de otimizar a concessão destes benefícios aos profissionais que não foram enquadrados e levar outros pontos para a reunião e verificar o que pode ser feito de imediato. Será um avanço importante este debate reunindo classes distintas com um objetivo comum”, ressaltou.

O representante dos técnicos da educação junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado Roraima (Sinter), Michel Nogueira, apresentou uma planilha durante o ato de mobilização contendo as perdas salariais nos anos de 2009 a 2017, que somam 27,79%.

“O Governo estadual vem concedendo um reajuste anual muito abaixo da inflação e, com o passar dos anos, vem causando uma defasagem no salário dos servidores efetivos. Os cálculos demonstram a necessidade da atualização de nossos vencimentos e não está sendo cumprida por esta gestão. Estamos reclamando um direito nosso, contido na lei 769/2010 e esperamos que esta revisão seja concedida ainda neste exercício”, disse.

Ao destacar a realização do movimento, um dos representantes da Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opir), Emerson Ferreira Duarte, ressaltou que as reivindicações são comuns a toda a classe de educadores, já que existem professores indígenas que também não foram enquadrados no plano de cargos e carreiras.

“Nós queremos que o Governo cumpra o acordo da greve de 2015, quando ficamos mobilizados por quase 50 dias. Existem também outras questões que ainda não foram resolvidas, como a estrutura das escolas, a exemplo da unidade escolar indígena Santa Luzia no município de Amajari”, comentou.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria Estadual de Comunicação Social esclareceu que o diálogo com a categoria de professores se dá por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) e Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opir).

Informou que hoje, 18, o Governo de Roraima vai receber representantes para uma reunião, onde serão debatidos os assuntos de interesse da categoria. “É importante ressaltar que o Governo do Estado promoveu o enquadramento da jornada de trabalho dos professores, em que mais de dois mil docentes da rede estadual de ensino passaram a ter remuneração que chega a R$ 12 mil por mês”, frisou. (R.G)