Polícia

Suspeito de roubo e tráfico é solto e comemora nas redes sociais

Manutenção da prisão de jovem e comparsas seria ilegal, segundo Tribunal de Justiça

Preso há pouco mais de um mês por suspeita de fazer parte de uma quadrilha acusada de praticar roubo, tráfico e homicídios na Capital, um jovem conhecido como “Bob Marley”, de 20 anos, utilizou as redes sociais para comemorar a soltura após passar por audiência de custódia.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito teria confessado ser integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que atua dentro e fora dos presídios de Roraima. Ele foi solto na sexta-feira passada, 14, pelo juiz da 3ª Vara Criminal.

Após ser solto, “Bob Marley” comemorou a liberdade em sua página pessoal em uma rede social com a publicação: “bandido bom é bandido solto. Vamo que vamo pras pistas (sic)”. A postagem rendeu algumas curtidas e vários comentários de amigos do jovem.

PRISÃO – “Bob Marley” foi preso em flagrante no dia 5 de junho juntamente com outros seis suspeitos de integrar uma quadrilha que, segundo a Polícia, se reunia diariamente para praticar crimes como tráfico, homicídios e roubos. Além do jovem, o juiz também soltou todos os outros suspeitos.

A quadrilha é apontada como responsável por um roubo a uma residência localizada no bairro Jóquei Clube, na zona oeste de Boa Vista, no dia 30 de maio. Além de subtrair objetos das vítimas, como celulares, TVs e joias, os suspeitos foram bastante agressivos, conforme a Polícia. Uma das vítimas quase teve os dedos decepados por um dos integrantes do bando.

TJRR – Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR) informou que não iria se manifestar sobre o assunto. Na decisão, o juiz alegou que o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) não ofereceu denúncia contra o jovem e outros acusados dentro do prazo legal e, portanto, a manutenção das prisões seria ilegal.

MPRR – A reportagem da Folha encaminhou demanda para o Ministério Público para saber o motivo de o órgão não ter oferecido denúncia aos acusados. Em nota, o órgão informou à Folha que o pedido pelo relaxamento da prisão ocorreu em razão de o Inquérito Policial em questão não oferecer elementos probatórios suficientes que comprovem a materialidade e a autoria dos crimes supostamente praticados pelos acusados, motivo pelo qual requisitou novas investigações à autoridade policial para melhor elucidação dos fatos.(T.R)