Cotidiano

Tabu e consequências da falta do exame de toque são temas de palestra

Como parte da programação do Novembro Azul, mês voltado para a prevenção do câncer de próstata, a Clínica Especializada Coronel Mota (CECM) ofereceu uma ação de saúde à população ontem, 24. Além do agendamento de consulta urológica, ultrassonografia renal, de próstata e via abdominal, foi realizada uma palestra sobre o tabu e as consequências da falta do exame de toque. 

O objetivo foi sensibilizar e informar o público presente sobre o câncer de próstata, a fim de que a prevenção da doença seja levada a sério. De acordo com o Laboratório de Anatomia Patológica de Roraima (Laper), foram registrados 75 casos de câncer de próstata em pacientes na faixa etária de 41 a 71 anos nos últimos dois anos. Além deste, os cânceres masculinos mais comuns são de pele, na cabeça e pescoço.

A palestrante e acadêmica de Serviço Social, Maria da Conceição Silva, contou que o grande tabu da população masculina está relacionado ao preconceito em realizar o exame de toque. No entanto, ela reforçou que o toque é um complemento ao exame de sangue. A orientação é que o público vença o preconceito e dê mais atenção a própria saúde.

Durante a palestra, Maria percebeu que, diferente de anos anteriores, não há mais a predominância de homens mais velhos que se recusam a fazer o exame. “Um jovem chegou a fazer uma brincadeira, perguntando se o médico responsável por fazer o toque era anão. Eu respondi que não, que a estatura dele era mediana. Quer dizer, ele tava preocupado com o tamanho dos dedos do médico”, lamentou.

Segundo a palestrante, a orientação principal é se dirigir às unidades básicas para fazer o exame de sangue. No caso de alterações, o paciente será encaminhado ao médico urologista do Hospital Coronel Mota para os devidos procedimentos. A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce, por isso é importante fazer o exame e cuidar da saúde, tanto em relação aos exercícios físicos, quanto à alimentação. (A.G.G)