Cotidiano

Telefonia móvel terá o nono dígito em RR

Somente até 11 de novembro as chamadas serão completadas pela operadora mesmo sem o novo dígito a ser acrescentado

Em Roraima, a partir de 2 de novembro, em todos os números de telefonia móvel será acrescentado o nono dígito. O número 9 deverá ser adicionado à esquerda do número discado. Até o dia 11 daquele mês, as chamadas serão completadas pela operadora mesmo sem o novo dígito ser acrescentado. Após este período, uma gravação avisará aos usuários sobre a mudança. Conforme cronograma da Anatel, até dezembro de 2016 todo o País terá nove dígitos para celulares.
Em julho de 2012, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acrescentou o nono dígito nos números de telefonia móvel de alguns municípios de São Paulo. O objetivo foi aumentar a disponibilidade de números da telefonia móvel e dar continuidade ao processo de padronização da marcação de chamadas. Com a inclusão do novo dígito, cada área de numeração (DDD) tem, em média, a capacidade aumentada de 38 milhões para 90 milhões de linhas.
Em 2013, o nono dígito foi incluído no restante do Estado de São Paulo e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A partir de 2 de novembro, será a vez de Roraima, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão. Até o final de 2015, a medida chegará aos demais estados.
Para as chamadas dentro da mesma área, basta apenas acrescentar o número 9 antes do número do telefone celular. Para as chamadas de outras áreas, o usuário deve digitar o zero, escolher a prestadora de longa distância, marcar o código da área e, em seguida, o número do celular, acrescentando o dígito 9 à frente dele.
Para o empresário Marcos Oliveira, a mudança é necessária, mas irá confundir os usuários no início. “Quando o oitavo dígito foi acrescentado nos números de telefonia fixa, as pessoas levaram um tempo para se acostumarem, como em toda mudança. A maioria das pessoas continuará a informar o número de celular sem o nono dígito”, disse.
APLICATIVOS – Todos os contatos da agenda deverão ser atualizados a partir do dia 11 de novembro, quando as chamadas não serão realizadas sem o novo número. Para poupar tempo, os usuários de smartphone poderão contar com a ajuda de alguns aplicativos que acrescentam o nono dígito de forma automática nos contatos salvos.
Os usuários do sistema operacional iOs, utilizado em iPhones, poderão utilizar o aplicativo 9 dígitos. Na versão gratuita, ele reconhece os contatos armazenados, mostra para o usuário quantos devem ser atualizados e permite ligar para os novos números. Na versão paga, basta confirmar a operação para que alterações sejam feitas.
Para os usuário do sistema Android, o aplicativo 9d+ facilita a inclusão do nono dígito. Ele possui o recurso de adicionar o nono dígito até em aparelhos sem DDD especificado. O App não faz a inclusão do nono dígito em telefones da operadora. Além disso, é capaz de adicionar o 9 mesmo em telefones cadastrados com prefixo internacional ou com código de operadora.
O BR9 é um aplicativo para Windows Phone. Ele não identifica os números automaticamente, é necessário marcar a opção de adicionar o nono dígito em toda sua lista ou selecionar, diretamente da agenda de contatos, um por um, todos que desejar editar.
Para o BlackBerry, a recomendação é o Dígito +9, que custa R$ 1,99. Para utilizá-lo, é necessário fazer um backup dos contatos anteriormente. Depois disso, ele identifica automaticamente quais números precisam do update. Então, é só clicar em +9, em Iniciar e aguardar alguns momentos.
Os usuários do Symbian, sistema operacional da Nokia, podem recorrer ao app Nono Dígito – SP. Há um interruptor com a opção “Alterar celulares locais”. Basta colocá-lo na posição “on” e depois tocar em “adicionar nono dígito”. Em alguns momentos, a lista com todos os números alterados será exibida para verificação. É possível refazer o processo ou desfazer as alterações. (I.S)
Usuários reclamam de instabilidade no serviço prestado pela empresa Vivo
Os serviços prestados pela operadora de telefonia Vivo vêm sendo alvos de reclamações de seus usuários em Boa Vista. A principal queixa é a dificuldade para conseguir fazer ligações de aparelhos celulares. Consequentemente, o serviço de internet móvel é afetado também e tem gerado insatisfação.
A situação vem ocorrendo na Capital há, pelo menos, dois meses. A maioria dos usuários relata que para conseguir uma ligação é necessário fazer de três a cinco tentativas, e, na maioria das vezes, quando completa a ligação, fica falhando ou chega a cair.
O processo exige paciência, conforme relata o bacharel em Sistema de Informação Robson Limástenis Araújo. “A ligação cai, ligo novamente e dá fora de área. Quando a ligação completa, continua falhando”, comentou, ao acrescentar que está praticamente impossível utilizar a internet móvel.
Ele cogitou a ideia de mudar de operadora. Disse que por diversas vezes tentou contato com a telefonia para saber a causa do problema, mas, devido ao tempo de espera, acabou desistindo. “O atendimento é demorado. Às vezes, fico esperando mais de 15 minutos para ser atendido e ninguém me atende. Daí eu desisto”, disse.
O técnico em informática Marcelo Rodrigues Soares afirmou que suas tentativas de ligação são quase sempre frustradas: “Às vezes dá fora de área, outras vezes, não há rede ou então dá rede ocupada. “É preciso tentar umas cinco vezes para conseguir apenas uma ligação. Com a internet é a mesma coisa”, lamentou.
Ele também conta que já pensou em mudar de operadora. “O problema é que todas têm um serviço nivelado. Não há nenhuma melhor, estão todas no mesmo patamar”, comentou. Sobre entrar em contato com a operadora para saber os motivos do problema, o técnico afirmou que a empresa alega “estar em manutenção”.
Outra situação é relatada pela professora Francisca de Andrade. Segundo ela, há pelo menos três meses, na rua onde mora, no bairro Sílvio Leite, zona Oeste, dificilmente os aparelhos celulares alcançam o sinal da operadora, que fica oscilando. “Quando estou na minha rua, o sinal some completamente. Não dá para fazer ligação nem usar internet móvel. Já aconteceu de ficarmos três dias seguidos sem sinal”, queixou-se, ao acrescentar que cobra uma explicação da empresa.
A servidora pública Isaura Sales de Souza passa pela mesma situação. Ela disse que faz várias tentativas até conseguir uma ligação. Quando consegue, apresenta falhas, cai ou fica tudo mudo. Na maioria das vezes, a única saída é o uso de SMS. Os problemas são os mesmos quando se trata do uso da internet. “Quando chove, fica pior”, disse.  
Insatisfeita, a servidora afirmou que está utilizando o serviço de outra operadora para manter contato com a família enquanto está fora de casa, mas continua utilizando o serviço da empresa por questão de economia. “O que me faz continuar com a Vivo é que a maioria das pessoas que constam em minha lista usa linha da mesma operadora”, declarou.
VIVO – A Folha entrou em contato com a representante da operadora em Boa Vista para saber os motivos dos problemas relatados pelos usuários e ainda se há previsão para saná-los. Por meio de nota, a empresa respondeu que a telefônica não tem registro de problemas de âmbito generalizado nos serviços prestados.
Afirmou ainda que a empresa detectou baixa performance em duas Estações de Rádio Base (ERBs) que atendem ao bairro Sílvio Leite, na zona Oeste, e que adotará as medidas necessárias para melhorar o desempenho. (M.F)