Em uma decisão inédita, a Prefeitura de São Luiz anunciou o cancelamento da 22ª edição da tradicional vaquejada e 11ª Feira de Agronegócios do Município. A decisão revoltou vaqueiros e empresários, que saíram as ruas no início da noite dessa quinta-feira, 8, para protestar.
Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito do município, James Batista (MDB), informou que a medida foi tomada única e exclusivamente por questão de responsabilidade com a gestão pública, uma vez que os eventos estavam contando apenas com a aplicação de recursos próprios e apoio de patrocinadores.
“Razões diversas fizeram com que tomássemos essa decisão, razões que nos obrigaram a ter responsabilidade com o município, com a gestão pública, infelizmente nós não teremos condições de fazer nesse ano de 2018 essa vaquejada”, contou.
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Batista contou que por conta dessa situação e entendendo que os eventos ajudam no fomento da economia local, foi até a capital para cobrar o repasse de recursos obrigatórios que o Governo precisava repassar ao Executivo Municipal, não obtendo êxito no pedido.
“Essa vaquejada estava sendo programada, preparada e planejada contando basicamente com recursos próprios, mas nós precisávamos que Governo do Estado fizesse a obrigação dele de nos repassar aquilo que é constitucional do município. Nós estivemos esses dias todos intercedendo junto a Sefaz, para que o Governo regularizasse todas as pendências que existem com o município, pois uma vez que isso fosse feito, nós não dependeríamos de ninguém para realizar esse evento. Entretanto, após bater na porta por diversas vezes, eu chegue à conclusão de que não dava para continuar, porque o Governo não vai cumprir a sua obrigação no tempo hábil, e aí a sensatez obriga que a gente tome a decisão correta de preservar o salário dos servidores”, enfatizou.
Com o adiamento do evento, o prefeito enfatizou que preservará os recursos existentes em caixa para garantir o pagamento dos salários dos servidores e na recuperação de estradas e vicinais, além priorizar as áreas básicas de saúde e educação.
A reportagem da FolhaWeb procurou o Governo do Estado e aguarda resposta
