Cotidiano

Transporte irregular de animais pode gerar multa de R$ 130

Que os bichinhos domésticos se tornam parte da família, a maioria já sabe. Por estarem tão incluídos nas atividades diárias dos donos, colocar os cachorros dentro dos carros para fazer o transporte parece ser a melhor alternativa. Entretanto, para evitar acidentes, é preciso estar atento a alguns itens de segurança.

Conforme o chefe de fiscalização do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran-RR), Vilmar Florêncio, a prática pode render até quatro pontos na carteira e multa de R$ 130,16, caso o animal esteja no colo do condutor do veículo ou entre as pernas do motorista. Porém, se estiver nos bancos traseiros ou com o passageiro, a infração não é cometida.

O transporte na carroceria dos carros não é uma irregularidade, mas pode causar acidentes com o animal. “O dono tem que ter uma atenção redobrada com a segurança do animal porque muitas vezes amarra apenas uma corda e o cachorro pode pular e acabar se enforcando ou até mesmo, no caso de um acidente de trânsito, ser arremessado”, justificou.

Florêncio destacou que uma das melhores formas de transportar o animal é dentro de caixas específicas para a prática, pois assim evita que o animal fique solto dentro do veículo e possa tirar a atenção do condutor. Por se tratar de uma infração média e rotineira, o Detran entende que se trata mais de uma questão de bom senso e orientação para os motoristas.

“Quando verificamos, o condutor muitas vezes desconhece a legislação que trata sobre o assunto, então quando a gente se depara, fazemos a orientação. Entendemos que a medida mais educativa não será a multa e sim a orientação para que essa conduta cesse”, completou.

O órgão atua com a orientação por meio de campanhas educativas, focando principalmente nas infrações mais leves e que são corriqueiras, como a do transporte dos animais até comer dentro do carro e preferem aplicar a orientação para não ter uma punição mais severa.

Vento no rosto do animal pode causar doença

É recomendado não haver contato direto do olho do animal com o vento para evitar um possível ressecamento no globo ocular (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

O veterinário Kléber Farias alertou que deixar o cachorro na janela durante o transporte no veículo pode ser perigoso e causar danos à saúde do animal. Com o contato direto com o vento, é possível que haja uma ressecamento no globo ocular do bicho e se agravar para uma doença chamada ceratoconjuntivite seca, que não tem cura.

Farias pontuou que o ideal é levar o cachorro sentado dentro do carro e preso ao cinto de segurança que é específico para os animais e são vendidos em pet shops. “Tem o cinto do carro e prende ele em uma coleira que se chama ‘peitoral’. Outra opção é a caixa de transporte, ainda mais se o animal for pequeno, para que não tenha um acidente porque ele pode pular no colo do dono ou ir até os pedais”, destacou.

O perigo de o animal pular da carroceria e se enforcar é mais comum do que parece. “Não pode deixar folgada porque eles tendem a pular e não conseguindo chegar ao chão se enforcam. O certo é deixar preso rente à carroceria”, apontou.

AVIÕES – Cada animal tem sua própria característica e pode ser que precise de algum calmante durante viagens mais longas, mas é necessário consultar um profissional na área antes de tomar qualquer medida. O veterinário relatou também que em viagens longas, como de aviões, os donos não podem deixar de certificar junto ao profissional as vacinas que precisam ser tomadas antes do transporte.

“É preciso ter muito cuidado porque tem que ter o atestado sanitário, emitido pelo veterinário. Isso permite que a pessoa viaje com o seu animal, então todo animal que vai viajar, seja para outro estado ou país, tem que ir ao veterinário. O atestado sanitário consiste em dizer que está isento de doenças e que pode viajar com autorização. Tem que estar com as vacinas em dia, principalmente a antirrábica”, encerrou. (A.P.L)