Cultura

Filme roraimense vence festival de cinema em Brasília

Obra tem produção de Thiago Briglia e direção de Rodrigo Sellos

O filme ‘Por onde anda Makunaíma?’, conta a história de Makunaíma, o mito indígena pouco conhecido nas metrópoles do país, porém de grande representatividade na região norte do país.

Dirigido por Rodrigo Séllos e com produção de Thiago Briglia, o filme foi exibido no 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e recebeu o prêmio na categoria de melhor filme. Agora, a obra se prepara para participar do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de Habana (Cuba).

“É a primeira vez que um filme da região norte ganha o principal prêmio do Festival, que foi votado por um júri crítico. Pra mim, é uma alegria enorme, ser produtor desse filme pela Platô Filmes por ter uma conexão com esse tema há mais de 15 anos, tema do meu primeiro doc TV, que também ganhou notoriedade nacional” relembra Thiago Briglia.

Para o cineasta e produtor do filme, é muito importante que o Brasil saiba que esse personagem literário tão conhecido pela obra de Mário de Andrade, e do filme de Joaquim Pedro recebam atenção do audiovisual.

“Essas figuras deram a principal cara de macunaíma, tudo isso, saiu a partir da leitura do etnólogo Theodor Koch-Grünberg e só foi possível, graças a uma política de fomento a produção audiovisual no Brasil que vem sendo constituída ao longo dos anos. Um filme de Roraima, dirigido por Rodrigo Selles” ressaltou.

O diretor Rodrigo Séllos conta que o filme só conseguiu ser realizado por meio da equipe de produção roraimense. “Esse filme é acima de tudo de Roraima, apesar do diretor não ser do norte, nossa parceria foi intensa e fundamental com Thiago Brigila que é produtor executivo, da Platô filmes, com o Irmânio Magalhães que fez a interlocução com as comunidades indígenas, com Claudio Lavor que fez a trilha sonora do filme, eu bebi muito das histórias deles, e o próprio Thiago que fez o filme ‘Nas trilhas de Makunaima’ e fico muito feliz por ter contribuído e contar essa história. Sem isso, não teria filme” ressalta.