Músico celebra trajetória como baterista há quase 20 anos

‘Bateria é o motor da música’. É  assim que o baterista Nekinho Amaro define o instrumento. Há quase 20 anos como baterista da banda Garden, uma das mais célebres de Roraima, ele relembra como começou seus primeiros batuques.

Nesta quinta-feira, dia 20 de setembro, é comemorado o Dia do Baterista. Utilizada por diferentes estilos musicais, a bateria é um instrumento que exige muita concentração e principalmente coordenação motora. “É ela que carrega a música e que dá suporte aos demais instrumentistas para que realizem sua melhor performance. É um papel de sustentação mesmo. Se eu fosse resumir, diria que o papel da bateria é servir à música. Se um baterista entende isso, então ele estará no caminho certo” explica.

Um bom baterista antes de pegar na baqueta, deve sempre estar atento ao ritmo e a forma musical. Essa tarefa foi adquirida aos poucos pelo músico que começou a tocar aos quatro anos.

“Eu costumo dizer que sou baterista “desde sempre”. É que eu ganhei minha primeira bateria quando tinha quatro anos de idade, época em que meus pais sofriam com inúmeros talheres e mesas danificados pelos batuques” contou.

O músico relembra que o instrumento chegou de madrugada, trazida de Manaus por um amigo da família. “Pela manhã, sentei no banco e comecei a tocar, acompanhando músicas do RPM e Paralamas do Sucesso. Com cinco anos, toquei com uma banda de forró (isso mesmo, forró) na minha festa de aniversário Então posso dizer que não escolhi a bateria. Eu já nasci com ela” explicou.

O baterista disse que tocar o instrumento pode ser mais simples do que se parece. “Com um pouco treino já é possível tocar algo simples. Agora, para algo mais complexo, difícil, é necessária muita dedicação para aperfeiçoar as técnicas, a coordenação, ritmo e também a parte teórica” diz.

Para ele, a maior dificuldade de tocar bateria é ter um espaço para treinar ‘pois é um instrumento extremamente “barulhento”’, que exige um local adequado para a prática, o que nem todo mundo tem acesso.

“Com a guitarra ou teclado, por exemplo, você coloca um fone de ouvido e está tudo certo. Já com a bateria, não é bem assim” conta.

O músico ressalta que é possível aprender a tocar bateria mesmo sem o instrumento.

“Hoje há um farto material de estudo na internet, totalmente gratuitos, inclusive com vídeos bem explicativos, tanto para iniciantes como para aqueles que exigem conteúdos mais avançados. Buscar ouvir bons bateristas é importante, pois são eles que acabam moldando o nosso estilo e nossa técnica” diz.