Cultura

Vôos no mundo crescem 26% e turismo se prepara para a retomada

No Brasil, companhias aéreas também possuem planos de retorno, mesmo sem a queda no número de casos de Covid-19

Aos poucos, o setor de turismo volta às atividades ao redor do mundo. Na última semana de maio, foi registrado um aumento de 26% no número de viagens aéreas, de acordo com o site “FlightRadar24”, que monitora o tráfego aéreo em todo o planeta. Esse foi o maior crescimento desde que as quarentenas foram adotadas nos países da Europa.

A retomada acontece em um momento crítico para as empresas da área. A Latam e a Avianca, duas das maiores da América Latina, entraram com pedidos de recuperação judicial nos Estados Unidos em maio. Para evitar fazer o mesmo no Brasil, a Azul e a Gol têm buscado negociar as dívidas de aquisição de aeronaves e o pagamento de empréstimos com bancos.

O aumento de voos também foi registrado no Brasil, mesmo que a propagação do coronavírus ainda não esteja controlada. Apenas no aeroporto de Guarulhos houve alta de 48% na média diária de decolagens na última semana de maio em relação ao início do mês.

Deste modo, haverá, em média, 100 voos operados pelas companhias aéreas mais famosas do país. Serão 15 novas decolagens diárias na Latam, 32 na Gol e 53 na Azul. No decorrer de junho, Gol e Azul também retornarão às atividades no aeroporto de Congonhas, enquanto a Latam retoma as viagens internacionais. 

Por ora, as viagens operadas pelas companhias regionais Voepass, MAP e Asta atenderão apenas o interior paulista, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e a região Norte do país. Ao todo, os voos registrados compreendem 8,48% da média registrada no período, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Retomada do turismo pós-pandemia

Mesmo que alguns voos já estejam acontecendo, a retomada deve acontecer com mais força quando o pico da doença passar no Brasil. Para Carlos Melles, presidente do Sebrae, o setor deve ser um dos que terá mais procura depois da pandemia. Entretanto, nos primeiros meses pós-pandemia a tendência deve ser a preferência por viagens mais curtas, destinos regionais, com menor distância. 

“Eu acredito que o turismo será um dos setores que vai se recuperar mais depressa, porque as pessoas estão ávidas por momentos de lazer e relaxamento. Quando tudo isso passar, a população vai querer fazer viagens curtas, principalmente dentro do país”, afirmou Melles na sétima live promovida pela organização do Festuris Gramado (Festival Internacional de Turismo).