Inovação e Tech

Está cansado do videogame? Conheça o airsoft, o FPS da vida real

Este esporte tem se massificado constantemente entre público mais jovem, que busca sair das telas de videogames e experimentar sensações mais reais

Existem pessoas que gostam de jogar futebol para relaxar nos finais de semana, enquanto outras pessoas saem com os amigos e algumas preferem ter o prazer de um bom jogo de airsoft no final de semana. É algo fora do comum? Para muitos, sim, mas não deixa de ser uma experiência divertida e empolgante, tanto para novatos, quanto para pessoas que já praticam há muito tempo.

Este esporte foi criado no Japão, na década de 1970, para simular batalhas militares e policiais em campos mais contidos, e faz um grande sucesso nos países asiáticos. Esta prática chegou ao Brasil apenas em 2003, após diversos debates na Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, que alegava que o instrumento precisava ser controlado. Apenas em dezembro de 2007 a portaria regulamentou o airsoft no país.

Honra

O esporte leva a máxima da honra durante a partida muito a sério, considerando que, como os projéteis não são visíveis quando atingem o alvo, por não possuírem nenhum tipo de marcação, é exigido total fair play (jogo limpo) dos participantes, que se entregam ou saem do combate assim que são atingidos.

Aqueles que levam o nome de highlander, que são os que nunca morrem durante as partidas, são cortados do jogo, justamente pelo airsoft levar a questão da honra muito a sério, considerando que é um esporte de honestidade e amizade, sem espaço para mentiras e trapaças.

Vestimentas

Há diversas modalidades que ocorrem em determinados períodos de tempo, nas quais os jogadores precisam estar trajados de acordo com seus equipamentos, como botas, máscara e óculos para proteger o rosto, fora o armamento, como pistolas e fuzis de airsoft, realmente simulando as vestimentas do exército.

Tipos de armas

As armas de airsoft são enquadradas como armas de pressão, constituindo três tipos: à mola, a gás e elétrica, conhecida como AEG (Automatic Eletric Gun, ou “Arma Elétrica Automática”) – a mais comum. Elas funcionam através de uma bateria, um motor e um sistema de engrenagens e pistão para comprimir uma mola e expelir o projétil. As que usam um sistema a gás imitam o recuo das armas de fogo e são chamadas de GBB – gás blowback.

O armamento utiliza a mola, um sistema que utiliza a compressão manual da mola para comprimir o ar e lançar os projéteis. Apesar de as springers não se valerem deste sistema, por serem armas simples e que não têm capacidade de utilização nos jogos, as shotguns e as snipers são as que mais se valem desta funcionalidade.

Munição

A munição utilizada – em esfera –, muitas vezes, é feita de plástico ou algum composto biodegradável, com diâmetro de 6 mm. Elas possuem diversas gramaturas, e as mais comuns são de 0,2 g e 0,25 g, usadas nas AEGs, GBBs e demais armas. A sniper é a única que possui uma diferenciação, sendo 0,3 g.

Não é a mesma coisa de paintball

Apesar de parecidos, o airsoft é muito diferente do paintball, por conta de pontos específicos que diferem ambas as modalidades. A munição entre as modalidades tem uma diferença de preço que faz com que o airsoft chame mais a atenção do público, e, como elas não precisam estourar no alvo pra ficar claro que foi atingido, os projéteis de airsoft machucam bem menos que os do paintball, fora que não mancham a roupa.

Como o realismo é uma das coisas que mais chamam a atenção no airsoft, tanto no armamento, quanto nas vestimentas, acaba sendo uma das grandes diferenças entre os esportes. E, talvez, uma das principais diferenças seja a honra como uma das bases principais do esporte.