Cotidiano

Você na Folha debate Escolha da Profissão

Com a criação da internet e a chegada da globalização e da tecnologia de ponta, aos poucos algumas profissões estão deixando de existir e outras vão surgindo, de acordo com as mudanças de comportamento das pessoas. Neste contexto alguns jovens ficam indecisos sobre que rumo tomar e os pais tentam influenciar na decisão da futura profissão do filho. A Folha foi às ruas saber a opinião da população sobre a influência dos pais na escolha da profissão dos filhos.

Marcos Paulo, 44 anos, funcionário público (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu sou contra isso, porque às vezes você pode propor uma profissão que não está dentro da caminhada daquele indivíduo. Desde cedo nos sentimos atraídos por alguma coisa, creio que os pais não devem interferir nessas decisões. Como por exemplo, um adolescente que diz querer ser médico, no entanto, os pais querem que este seja músico, esta será uma decisão que trará consequências sérias para o futuro desta pessoa, pois é uma forma de tirar a ideia que foi formada pelo filho ao longo dos anos”

Jean Richard, 18 anos, estudante(Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Em minha opinião, os pais não devem interferir, mas ter ciência do que os filhos querem seguir. Acontece que os adolescentes de hoje em dia estão vivendo muito no mundo da internet e se os pais não procurarem saber quais são as influências sobre o filho pode ser que este tenha escolhas negativas com relação ao mercado de trabalho. Não é querer que o filho siga os mesmos passos, ou seja, o que o pai não conseguiu ser, mas sim procurar orientar os filhos nesse sentido”

Wilderlane Moreira, 23 anos, vendedora(Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Acho que os pais não devem interferir nessa decisão, acredito que têm que deixar o filho livre para escolher a profissão que ele se sinta bem e feliz. Até porque é uma questão de se identificar e conseguir realizar aquela tarefa imposta pela profissão. Creio que quando um filho se submete a esse tipo de escolha, a tendência é que ele não seja feliz com o seu trabalho”

Istefany Barbosa, 24 anos, vendedora(Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Penso que os pais não devem fazer isso com os filhos, porque essa é uma escolha que deve partir da pessoa. Caso o filho não se dê bem na profissão escolhida, ele aprenderá com o erro. Afinal de contas, todas as pessoas mais velhas aprenderam com seus próprios erros. Meu sonho é me formar em medicina e ainda bem que meus pais aceitam essa ideia numa boa”

Carlos Alberto, 25 anos, gerente de vendas(Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Acredito que os pais não devem interferir nesse sentido. Digo isso por experiência própria. Minha mãe quis que eu me formasse em Enfermagem, eu segui o que ela queria, quando na verdade queria ter estudado Direito. Assim que me formei, não me identifiquei com a profissão, isso fez com que eu não atuasse na área. Comecei a cursar Direito, no entanto tranquei a faculdade. Na minha concepção, desperdicei um tempo muito grande, agora já não tenho tanto ânimo para estudar, quanto antes. Tenho uma filha de seis anos, e prometi para mim mesmo que não vou interferir. Ela fará o que achar melhor”

Elisa Bernardo, 34 anos, dona do lar(Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Sou contra esse tipo de atitude. Na verdade, não tem como o pai impor para o filho uma profissão, quando na verdade cada um nasce com um dom para alguma coisa. Acredito que os filhos devem ser deixados livres para escolher qual caminho desejam seguir. Uma escolha errada pode trazer sérias consequências na vida de uma pessoa”