Os espinhos do mundo não vêm sem as oportunidades de aprendizado e de crescimento com a experiência. Assim como as rosas deixam certo perfume para quem as tocam, também os espinhos nos presenteiam com as lições práticas que requerem reajustes e melhorias. Podemos tanto ficar paralisados em situações traumatizantes, como proporcionar as fibras internas condições para a superação dos problemas.
Neste sentido, aceitar as perdas e fazer da vivência testemunha de lição de vida é fundamental para que se saia do modo de repetição e até mesmo de reclamação, julgamentos e culpa.
Crescer com a dor não é exclusividade do ser humano. Todavia, a imaginação criativa, a reflexão atenta, os propósitos com sentido e a espiritualidade são instrumentos à disposição para ajudá-lo na difícil tarefa de neutralizar as dores.
Mais do que se paralisar no tempo, seguir adiante na sua preservação e de possibilitar a continuidade do desenvolvimento pessoal é essencial para o indivíduo. Neste sentido, pode ser útil a busca da ressignificação da perda e de perceber o evento por meio de outras perspectivas. O que importa é o seu bem estar, a sua paz íntima e os resultados finais futuros. Além disso, são justamente estas marcas do tempo e dos eventos que trazem a nossa originalidade, a individualidade e a força.
A superação dos problemas e provações como legítimos testes de avanço do ser rumo à degraus superiores com vistas a perfectibilidade e a beleza maior de Deus.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.