OPINIÃO

Amar cura

A existência em um mundo-escola nem sempre transcorre da maneira como gostaríamos. Pode haver lições que não ficaram apreendidas com satisfação e o refazimento é necessário. As provações seguem conforme o ritmo da vida, sendo fundamental o seu acompanhamento. Para aqueles que preferiram parar de progredir, a vida dá um jeito de caminhar. O aguilhão da dor muitas vezes é o chamamento para o nosso dever de ajustes e progresso, tal como aluno que precisa avançar sem perda das oportunidades.

Não sabemos o quanto de tempo já desperdiçamos, tampouco o quanto já ferimos e magoamos os outros em outras ocasiões. Por isso, as mágoas e ressentimentos do momento atual, do presente, devem ser perdoados e esquecidos como uma maneira de possibilitar o avanço maior. Quem higieniza o aparelho mental não tem problemas futuros de contentamento. A felicidade está na consciência, assim como o próprio céu e inferno que construímos. Em alguns casos, fazemos “pontes” para se  conectar com o mundo e outras pessoas. Em outras ocasiões, “muros” que isolam e tornam a convivência mais difícil. 

Feliz daquele que não tem amarguras e que percebe de prontidão que amar cura. O amor é o tônico que fluidifica as relações interpessoais e faz do bem querer e sentir modos voluntários da pessoa. É a introjeção em si de uma pré-disposição para o bem, a vida social de apoio e da caridade como estratégia de crescimento e construção de um mundo melhor. Quem ama transborda luz e conforme Jesus Cristo: “vós sois a luz do mundo” (Mat, 5:14).

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.