OPINIÃO

Câncer do intestino grosso

“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Romanos 12:12). 

A ciência médica, a qual estuda o câncer se chama oncologia e o médico que trata essa doença é oncologista. O câncer que não for tratado causa doença grave e morte, mas os que são tratados também podem causar morte, porém tem mais chance de serem curados.

O câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer de forma descontrolada e por isso passam invadir outros tecidos e órgãos, porém as células normais não invadem nenhum órgão.

O corpo humano é formado por trilhões de células que se multiplicam por meio de um processo chamado divisão celular. Em condições normais, essa divisão é ordenada, controlada e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo.

Existem situações nas quais estas células, por razões variadas, sofrem carcinogênese e assumem características defeituosas quando comparadas com as células normais. Essas células perdem a capacidade de controlar o seu crescimento, passando então a se multiplicarem muito rapidamente e descontroladamente e, de fato, sem controle.

As células cancerosas se espalham para outras partes do corpo do paciente quando elas começam a crescer e formando novos tumores e isso acontece quando as células cancerosas entram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos do corpo e assim os tumores vão substituindo o tecido de um órgão normal por uma anormal. Esse processo de disseminação do câncer é denominado metástase.

Os cânceres se diferenciam e recebem o nome do local onde se originou e quando ele se dissemina para outro órgão, continua sendo câncer com o nome daquele órgão que o originou.

O câncer do intestino grosso, ou seja, câncer colorretal se desencadeia a partir da multiplicação desordenada das células do cólon e do reto. Devido esse descontrole celular, surgem os pólipos que são pequenas lesões que crescem nas paredes do intestino e elas por sua vez, sugerem que pode estar ocorrendo devido à presença de câncer do intestino grosso. Porém, deve ficar claro, que nem sempre a presença de pólipos são características do câncer do intestino grosso, mas eles servem de alerta.

Esse câncer, ou seja, essa neoplasia é muito frequente, porém ela pode ser prevenida a partir de alguns cuidados. Nesse caso a identificação dos pólipos através de exames, como a colonoscopia e a retirada deles são as principais medidas preventivas, que evitam  o desenvolvimento para a neoplasia maligna.

Os bons hábitos de vida principalmente, os alimentares, são excelentes fatores protetores, principalmente se houver a ingesta de alimentos ricos em fibras e in natura (não industrializados) e diminuir o consumo de gordura animal.

Os principais sintomas que o paciente com câncer de intestino apresenta são sangramento nas fezes e esse sinal obriga a pessoa ir a um coloproctologista para ser tratado a tempo, contudo há de ficar esclarecido que nem sempre sangue nas fezes é sinal de câncer, entretanto é melhor prevenir do que adoecer. 

Aos 40 anos qualquer pessoa deve visitar um médico coloproctologista para solicitar  orientação acerca dessa doença e é importante que o exame preventivo seja feito

 para que ele seja tratado precocemente.

Se o exame de colonoscopia identificar a existência de pólipos durante esse exame de colonoscopia, o especialista para tratar, caso haja diagnóstico de câncer, deve ser um cancerologista.

Marlene de Andrade

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação de Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 341