OPINIÃO

Cortesia maior

Uma vida digna aos olhos de Deus passa pela cortesia humana nos tratos aos seus semelhantes e meio ambiente. Faz parte de uma pessoa de boa índole tratar com dignidade e respeito a todos de modo a considerar suas liberdades e também, necessidades. Amar a Deus em primeiro lugar e aos seus semelhantes em segundo são as duas únicas recomendações do mestre Nazareno em sua passagem pela Terra. Mais do que teorias complexas e de intrigadas dificuldades verbais, o entendimento aqui não é o da razão, mas, a do coração. É essencial o desenvolvimento das luzes da compaixão e do amor para que se possa trilhar o caminho de Cristo. Não é uma tarefa fácil, mas certamente as recompensas da satisfação íntima e da aprovação da consciência faz com que seja algo desejável.

Neste ponto, ser cortês e nobre dos sentimentos, intenções e ações configura passo decisivo para o nosso progresso e amadurecimento. De tratar ao próximo com dignidade para que se consolide em nós a educação esmerada de nossos pais e familiares. A educação e a atitude pedagógica de aprimoramentos e aprendizagens faz com que a pessoa com vontade consiga se melhorar ao longo do tempo. De polir as arestas e de fazer com que o melhor de si surja para o bem de todos. É deixar de lado o ego, a vaidade e o orgulho para usar a roupagem da modéstia, da humildade e do bem querer como símbolos antecipatórios de virtudes maiores. Mais do que os ganhos por acaso, as conquistas eternas pelo esforço diário de transformação e luta contra suas sombras interiores.

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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