OPINIÃO

Doenças autoimunes: quando o inimigo é seu próprio organismo

“Verdadeiramente Ele (Jesus) tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levando-a sobre si…” (Isaias 53:4 a).

As doenças autoimunes agem destruindo órgãos ou tecidos do corpo humano. Essas doenças são diferentes umas das outras e elas, segundo o site médco24,hs.com.br existem mais de cem doenças autoimunes. Elas atacam o organismo humano porque passam a confundir algumas estruturas como se fossem agentes invasores e, por isso, começam a produzir anticorpos contra órgãos e tecidos do corpo, provocando doenças autoimunes. Elas também provocam sinais e sintomas diferentes e, por isso, o tratamento é sempre diverso.

Elas não têm cura, porém se o paciente for tratado por médico especialista do órgão atingido e se for também assistido por psiquiatra e psicólogo caso ocorra depressão, ansiedade, insônia e outras doenças do aparelho mental, o paciente poderá melhorar muito seu quadro clínico e se tornar uma pessoa com bastante qualidade de vida.

A gravidade dessa doença depende dos órgãos que estão sendo afetados, mas algumas como, por exemplo, a tireoidite de Hashimoto, é uma doença autoimune praticamente restrita à glândula tireoide e não causa tanto mal como outras. É verdade, que essa glândula é muito importante, no entanto ela não é vital e a pessoa pode viver de forma satisfatória tratando-se com um endocrinologista e dessa forma poderá ter uma vida saudável. Porém, existem outras doenças autoimunes muito graves, principalmente as que atacam órgãos e estruturas do corpo como, por exemplo, cérebro, medula espinhal, coração, pulmões e vasos sanguíneos.

As doenças autoimunes são classificadas em duas categorias: doenças locais sistêmicas e existem muitas doenças autoimunes porém, as mais comuns são: esclerose múltipla, doença celíaca, lúpus, diabetes tipo 1, doença de Graves, tireoide de Hashimoto, artrite reumatoide, doença de Crohn, vitiligo, psoríase, síndrome de Sjögren e, entre outras, hepatite autoimune.

Apesar das doenças autoimunes não terem cura, elas podem ser tratadas para melhorar o quadro clínico do paciente. O tratamento eficaz traz uma qualidade de vida melhor ao portador dessa doença, o qual poderá obter dessa forma bem-estar físico e mental.               

Marlene de Andrade

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança no Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 341