Skleros significa duro e derma, pele, portanto a esclerodermia se caracteriza por fibrose, a qual endurece a pele e também os órgãos internos. Temos que entender que os tecidos do corpo humano unem os órgãos do nosso corpo e se eles enrijecerem todo o organismo fica também endurecido.
Essa enfermidade acomete mais mulheres do que homens e está relacionada a fatores autoimunes que tem a ver com o mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos. Infelizmente, ainda não se sabe o que desencadeia uma doença autoimune e tem mais: os sintomas variam de acordo com a parte do corpo afetada. Essa doença pode ocorrer em alguns locais em forma de placas ou maneira generalizada, ou seja, sistêmica.
De acordo com o aspecto, ela é chamada de morféa e se apresenta em formas de manchas ou com aspecto linear. A forma localizada raramente evolui para outros locais. Já na forma sistêmica, a doença agride não só a pele, porém também os pulmões, rins, esôfago, vasos sanguíneos e articulações.
As primeiras alterações se manifestam pela temperatura denominada fenômeno de Raynaud, quando então as mãos e os pés do paciente ficam muito frios e arroxeados. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos se contraem.
O quadro clínico dessa doença cursa com dor, rigidez nas articulações, aranhas vasculares, feridas nas pontas dos dedos, podendo ocorrer presença de cálcio depositado na pele.
Quando a esclerodermia é sistêmica, ocorre fibrose em tecidos do corpo, gerando cicatrização dos vasos sanguíneos, coração, rins, esôfago e pulmões, trazendo ao paciente problemas de estômago, pulmonares, cardiovasculares e hipertensão arterial.
Esses sintomas são comuns em várias doenças do tecido conjuntivo e por isso é difícil estabelecer o diagnóstico diferencial, porém o médico pode chegar ao diagnóstico baseado no histórico do paciente, no exame clínico e no exame de sangue, pois assim ele poderá saber se existe a presença de autoanticorpos típicos da doença e que agridem o próprio corpo do paciente, ou seja, se essa doença é autoimune.
Essa enfermidade não tem cura, porém se for tratada o paciente poderá ter uma qualidade de vida melhor a fim de controlar a evolução dessa moléstia através de um tratamento correto e por isso, quem tem essa doença precisa ser, tratado sempre, por médico.
Marlene de Andrade
Médica formada pela UFF
Título em Medicina do Trabalho/ANAMT
Perita em Tráfego/ABRAMET
Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED
Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP
Experiência em Psiquiatria
Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL
CRM-RR 339 RQE 341