Domingo de chuva, desde cedo cai água. A moça da tempo, na noite anterior, no jornal da TV, mostrou no mapa que a previsão para domingo seria de 60 mm, muita chuva para um só dia. Gosto de chuva, para mim um dia bonito é um dia chuvoso.
Pela manhã precisei sair de casa, compromisso agendado anteriormente. Ruas e avenidas alagadas. Volto para casa, almoço.
Meio da tarde, após concluir a leitura de “Jacarta, Indonésia” de Josué Montello, ligo a TV. No noticiário, nossas tragédias diárias: violência urbana, feminicídio, corrupção, policiais feitos baratas tontas a procurar por dois fugitivos de uma penitenciária dita de “segurança máxima” em Mossoró, RN; os mortos da guerra Rússia X Ucrânia, e carnificina na Faixa de Gaza.
Controle remoto nas mãos, zapeio pela infinidade de canais da TV a cabo. Para minha surpresa encontro um filme que fez muito sucesso quando de seu lançamento, que nunca tinha assistido.
“Mamma Mia!” é um musical de 2008, adaptação ao cinema da peça musical homónima, realizado por Phyllida Lloyd e escrito por Benny Andersson e Björn Ulvaeus. A peça foi criada uma década antes por Catherine Johnson. Tanto o filme como o musical foram baseados nas canções do grupo pop sueco ABBA, que tanto gosto.
No filme, Donna (Meryl Streep) é uma mãe solteira e independente, dona de um charmosíssimo hotel na bela ilha grega de Kalokairi. A filha Sophie vai se casar e Donna convida suas melhores amigas. Mas Sophie, que secretamente sonha encontrar o pai, faz também três convites inesperados.
Meryl Streep, no papel de Donna Sheridan, é a protagonista do musical. Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgård desempenham o papel de três homens que procuram saber qual deles é o pai da filha de Donna, Sophie, papel interpretado por Amanda Seyfried.
É um deleite assistir ao musical com imagens de uma Grécia que tive o privilégio de conhecer no início de minhas andanças pelo mundo.
O filme foi rodado na ilha grega de Escíatos, nas Espórades, com cenas incluindo números musicais, os principais sucessos do ABBA.
A interpretação magistral de Meryl Streep, que tinha 60 anos, garantia de sucesso. Hoje, aos 74 anos, Meryl é a primeira dama de Hollywood.
Com 61 filmes no currículo, 32 indicações ao Oscar, Meryl já levou três estatuetas douradas para casa, sendo dois de Melhor Atriz pelos filmes A Escolha de Sofia (1982) e A Dama de Ferro (2012) e um de Melhor Atriz Coadjuvante por Kramer vs. Kramer (1979). Além de nove Globos de Ouro e dois Emmy Awards. Em 1998 a atriz ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Meryl tem quatro filhos com o escultor Don Gummer. Após 44 anos casados, há seis então separadas.
Nada como um bom musical em uma tarde de chuva para começar bem a semana. Logo mais à noite será a 96ª Noite de entrega do Oscar, em Hollywood. Nesta noite Meryl Strepp não estará concorrendo a nenhuma estatueta. Uma pena.
O grande vencedor da noite foi o filme Oppenheim, com direção de Christopher Nolan — cineasta de Tenet (2020), A Origem (2010) e a trilogia d’O Cavaleiro das Trevas (2008). Com um elenco estrelado por Cillian Murphy, Matt Damon, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Rami Malek e Benny Safdie, o filme é ambientado na época da Segunda Guerra Mundial. Levou sete estatuetas.
Luiz Thadeu Nunes e Silva, Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante: o latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes da terra. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.
Membro do IHGM, Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. ABLAC, Academia Barreirinhense de Letras, Artes e Ciências.
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