Nomofobia: o intenso medo de ficar sem celular

“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (1ª Coríntios: 10-13)

O medo de ficar sem celular a ponto de prejudicar o aparelho mental das pessoas é denominado monofobia. Esse medo faz o indivíduo sentir forte ansiedade por não está usando a telinha. Sendo assim, a pessoa fica irritada com o sentimento de que lhe falta a coisa principal à sua vida.

A monofobia cursa também com insônia e problemas graves no seio familiar, no trabalho, na instituição educacional e, entre outras, nas relações sociais. Quando a pessoa é viciada em celular fica desesperada sem saber o que fazer de sua vida se ficar sem a tela não mão e, tal fato, a prejudica de estudar, dormir e, entre outros, trabalhar. Por isso, pais e mães devem ficar atentos a essa questão. Celular é importante, mas não para nos deixar viciados na internet.  

Se a pessoa está sofrendo do quadro de monofobia basta perceber se ela sente: ansiedade quando fica muito tempo longe do celular, estresse, depressão, insônia, dificuldade de exercer suas atividades eventuais e laborais se não estiver com seu celular na mão. Também faz parte do quadro clinico de monofobia, pensar que está incomunicável quando não está perto do telefone.

O monofóbico nunca o desliga, mesmo que esteja no meio de amigos em um churrasco, ou dentro da escola e pode até acordar durante à noite para acessá-lo.Um detalhe importante é perceber que a maior parte dessas pessoas são adolescentes, porém chama também muito atenção o grande número de idosos que desenvolvem monofobia.

Evidentemente, que o celular é um instrumento importantíssimo, pois com ele falamos com nossos familiares, amigos e conseguimos nos manter informados de tudo que está ocorrendo pelo mundo afora. Todavia, o uso em excesso do celular pode causar dependência, transtorno mental, medo como se o celular fosse o amigo mais fiel e importante da vida daquela pessoa. Esse medo vem crescendo cada vez mais e por isso quando a pessoa fica longe de seu celular, ou se a bateria descarrega e ela não tem como carregá-la, logo desencadeia nela ansiedade, irritabilidade, inquietação, medo e pânico fora do comum.

Parte da causa dessa situação é permanecer conectado ao seu celular mesmo no momento de dormir. Que os pais possam ficar atentos para perceber se essa situação está ocorrendo com os filhos, pois é muito difícil tratar pessoas com monofobia, o qual precisará ser acompanhado por um psiquiatra e um psicólogo. E tem mais, os pais não podem terceirizar seus filhos para a internet cuidar deles, pois eles são os bens mais preciosos que recebemos de Deus. 

Marlene de Andrade

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 431