“O prudente antevê o perigo e toma precauções; o ingênuo avança às cegas e sofre as consequências.” (Provérbios 27:12)
O vírus da dengue é um arbovírus, o qual pode ser transmitido pela picada de artrópodes hematófagos como, por exemplo, o mosquito Aedes aegypti, que introduz essa doença pela picada da fêmea. Também pode ser transmitido por via vertical de mãe para filho durante a gestação e por transfusão sanguínea.
A dengue é doença não contagiosa e é a arbovirose mais prevalente nas Américas, inclusive no Brasil.
O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região.
O acúmulo de água parada contribui para a proliferação e disseminação dessa doença, pois os ovos desse mosquito podem sobreviver, no meio ambiente, até por um ano.
Essa enfermidade dura geralmente, de dois a sete dias e cursa com dor de cabeça; início abrupto de febre alta maior que 38°C; dores no corpo e nas articulações; prostração; fraqueza; dor atrás dos olhos; manchas vermelhas; erupções; coceira na pele; hemorragias e, às vezes, pode provocar choque hipovolêmico grave e levar o paciente a óbito.
A forma grave pode vir acompanhada de intensa dor abdominal; náuseas; vômitos; sangramento de mucosas; ascite (barriga d’água); derrame pleural; derrame pericárdico; lipotimia; letargia; irritabilidade; aumento do fígado (hepatomegalia); sangramento das mucosas; aumento da permeabilidade capilar e do hematócrito. Os sinais de alarme são caracterizados pela piora do quadro clínico do paciente.
Os casos graves de dengue são caracterizados por sangramento, disfunções dos órgãos e como foi dito acima, choque hipovolêmico, o qual ocorre quando um volume de plasma (sangue) é perdido pelo extravasamento. Mulheres grávidas, crianças e pessoas idosas têm maiores riscos de desenvolver complicações.
Os riscos também aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão arterial e, entre outras, infecções.
Embora existam estudos avançados para vacinas contra a dengue, atualmente nenhuma vacina se mostrou viável para a prevenção dessa doença. Portanto, o controle do mosquito Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue.
Aos primeiros sinais o paciente deve ser tratado por médico e não pode ser medicado com ácidoacetil salicílico.
Marlene de Andrade
Médica formada pela UFF
Título em Medicina do Trabalho/ANAMT
Perita em Tráfego/ABRAMET
Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED
Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP
Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL
CRM-RR 339 RQE 341