AFONSO RODRIGUES DE OLIVEIRA

O problema nacional

“No Brasil só há um problema nacional: A educação do povo”. (Miguel Couto)

E pelo que vemos, estamos com um problema que vai perdurar por séculos. As dificuldades que estão encontrando, os que estão tentando melhorar o nível da educação, é imbatível. Ainda não nos atentamos para o mais simples, que é iniciar a educação no lar. Há uma dificuldade incalculável em se entender que tudo é muito simples. Mas, continuamos iludidos com o comportamento das crianças, hoje. Se prestarmos mais atenção veremos que a evolução existe, mas nem sempre como a entendemos atualmente. As crianças de todas as épocas foram evoluídas, e tão inteligentes quanto as atuais. As diferenças estão no modo como elas, as crianças, não eram entendidas e por isso limitadas por desconhecimentos dos adultos pais, parentes e até mesmo desconhecidos.

Recentemente tenho tido contatos com pais de crianças na idade em que elas necessitam de muita atenção para o seu desenvolvimento dentro da evolução racional. A maioria dos pais está caindo no erro de pensar que seus filhinhos são extras. Que seus comportamentos estão indo além do natural para crianças de suas idades. Quando, na verdade, eles pais é que deveriam observar se eles estão à altura do conhecimento para entender o comportamento natural do filho. Ontem eu estava em um supermercado quando uma senhora passou por mim. Ela levava, no colo, uma criancinha que, com certeza, não tinha mais de pouco mais de um ano de idade. Parei e fiquei observando. O som do supermercado tocava uma musiquinha gostosa. A criancinha, no colo da mãe acompanhava o ritmo da música, com as mãos e gestos com a cabecinha. Saí sorrindo e me lembrando que na minha infância nenhuma criancinha teria coragem de fazer isso, porque se fizesse os pais os repreenderiam. Isso fazia parte da época da palmatoria.

Adorei e adoro a maneira como meus pais me educaram, a mim a e meus irmãos. Somos todos gratos. Mas já falei por aqui, do dia em que eu ia passando quando meu pai conversava com um seu amigo. No momento em que eu passava, meu pai falou que tinha dúvida sobre certo assunto. Sem parar eu dei uma sugestão, e meu pai falou imediatamente: “Crianças não devem se meter em conversa de adultos”! E ele não falou brincando, mas brigando. Que era o estilo da época. Que pai faria isso hoje, com a ilusão do meu pai que entendia que estava educando. Anos e anos se passaram e ainda não entendemos que é no lar que está a Escola Primária da Educação. E esta exige limitações que devem ser passadas com cautela, para as crianças atuais. Missão cautelosa dos pais. Pense nisso.

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