OPINIÃO

“O que o bolso não vê, o coração não sente”

É bastante provável que em diferentes momentos da sua vida, você não tenha entrado em contato com assuntos como: educação financeira, planejamento financeiro, investimentos e similares. É com este propósito que a partir de agora trarei a você assuntos relacionados a educação financeira, investimentos, economia e como cada decisão pode impactar na sua vida de uma maneira clara e sem todo o “economês” ou “financês” utilizados por aí.

Algumas famílias, e aqui digo que são poucas, costumam abordar estes temas nas reuniões de domingo, com pais, mães, tios, entre outros. No entanto, na grande maioria dos casos, o que ocorre é uma completa negligência em relação a esse assunto, o que pode prejudicar a previsibilidade da sua vida e da sua família no futuro.

Todos nós temos uma relação com o dinheiro, seja ela positiva ou negativa.

Portanto, é importante nos conscientizarmos sobre cada uma de nossas decisões a respeito desse assunto.

O mundo atual e a tecnologia têm trazido mudanças na forma como gastamos nosso dinheiro, e isso exerce uma grande influência psicológica em todos nós. Isso se deve à facilidade que temos em fazer compras, já que somos constantemente bombardeados por anúncios em redes sociais, sites com compras online e marketing excessivo em nosso entorno. Com isso, acabamos nos distanciando cada vez mais do verdadeiro valor do dinheiro. E aqui não estamos falando de preço. Leia-se valor como a percepção que temos sobre algo, já preço como apenas a quantia em dinheiro pago por algo.

Para exemplificar tudo o que foi mencionado até agora, imagine a seguinte situação e reflita se algo semelhante já ocorreu com você ou alguém que você conhece: Paulo está passeando pelo shopping e acaba comprando algo de valor considerável, utilizando apenas o smartphone, o smartwatch ou o cartão de pagamento por aproximação. Para ele, o “prazer” de adquirir o bem vem antes da “dor”.

“O que o bolso não vê, o coração não sente. Pode parcelar em 10x”. Pelo menos, não até a data de pagamento da fatura do cartão.

Isso ocorre porque estamos muito mais propensos a optar pelo prazer imediato de adquirir algo, sem pensar se essa compra realmente trará valor de alguma forma. O simples fato de não vermos algumas notas de dinheiro saindo da carteira prejudica a nossa percepção de gastos, e isso pode se tornar uma situação complicada em que vai ficando cada vez mais difícil de sair.


Paulo Benedetti
Bacharel em Administração.
Bacharel em Relações Internacionais.
Sócio e Assessor de Investimentos – InvestSmart, credenciada a XP Investimentos.
Ex-consultor em finanças.
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