OPINIÃO

Toxoplasmose: o que é, cura, transmissão, tipos e como prevenir

“O homem benigno faz bem à sua própria alma, mas o cruel perturba a sua própria carne”. (Isaías 53:4) 

A toxoplasmose é uma infecção parasitária causada por um micróbio, denominado de Toxoplasma gondii. Geralmente, ela ocorre de forma assintomática. Pessoas com baixa imunidade estão mais propensas desencadear sintomas mais graves como: febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação motora e convulsões. As mulheres infectadas durante a gestação podem sofrer abortamento ou o nascimento de bebês com icterícia, macrocefalia e crises convulsivas.  

Essa enfermidade pode ocorrer quando a pessoa come alimentos contaminados com fezes de gatos, com maior relevância no período gestacional e se tornou também muito importante com o aparecimento dos portadores de HIV/AIDS e com o aumento do número de transplantes.  

A toxoplasmose é doença mundial, mas ocorre mais em países tropicais. O gato é um reservatório natural desse micro-organismo e tem que ficar bem esclarecido que não existe vacina para a toxoplasmose, portanto afirmar que os gatos podem ser vacinados contra toxoplasmose é totalmente equivocado.  

A contaminação mais importante é através das fezes de gatos e, por isso, crianças podem se contaminar ao brincarem em parquinhos de areia e nas praias locais onde os gatos comumente defecam. 

Essa doença pode ser transmitida também através de doação de órgãos e para que ocorra a transmissão fetal de toxoplasmose, a mãe precisa adquirir a infecção durante a gestação, pois a infecção congênita não ocorre em mães que já tiveram essa infecção previamente, exceto quando ocorrer reativação da doença por alguma forma de deficiência imunológica da gestante.  

A maioria das infecções causadas pelo Toxoplasma gondii é assintomática e, por isso, pode passar totalmente despercebida e, por tal motivo, pessoas que criam gatos devem ficar atentos a essa questão.  

Os achados clínicos mais comuns são: cegueira, convulsões, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, microcefalia, hidrocefalia, abaulamento de fontanela, meningoencefalite, estrabismo, hepatoesplenomegalia, erupção cutânea, petéquias, icterícias, pneumonia, lesões retinianas unilaterais ou bilaterais, visão borrada, fotofobia, dor, lacrimejamento e amourose (perda transitória visual).  

Na forma congênita, o diagnóstico diferencial é feito com doenças como: rubéola, citomegalovírus, sífilis e, entre outras, doença de Chagas.  

As alterações laboratoriais mais frequentes são leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos), os quais agem em defesa do organismo humano, aumento dos linfócitos (células de defesa) e pelo aumento das transaminases que são enzimas estimuladoras.  

Marlene de Andrade 

Médica formada pela UFF 

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT 

Perita em Tráfego/ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341