Pablo Severo Cardoso, de 24 anos, ficou paraplégico após um acidente ocorrido no viaduto do Contorno Oeste, na BR-174, em Boa Vista. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Guilherme Coelho, que apresentou à Folha o laudo médico que detalha o quadro de lesão raquimedular de Cardoso.
Pablo é réu por envolvimento com uma organização criminosa que atua no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Juntamente com sua mãe, Irismar Cruz Machado ( “Dona Iris”), ele está cumprindo medida cautelar com uso de tornozeleira eletrônica.
O acidente ocorreu no dia 12 de fevereiro, quando o motorista perdeu o controle da caminhonete Toyota Hilux e capotou após colidir com a grade de proteção do viaduto. Cardoso foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros ainda consciente, mas exames posteriores confirmaram fraturas nas vértebras T4 e T5, além de desalinhamento ósseo e lesão medular.
Segundo o laudo médico, o jovem perdeu completamente os movimentos e a sensibilidade abaixo do nível da lesão, caracterizando paralisia dos membros inferiores. Atualmente, ele está acamado e dependente de cuidados médicos contínuos. No entanto, devido ao uso de um dreno torácico, não é possível realizar uma ressonância magnética, exame essencial para o planejamento cirúrgico.
Alteração do sobrenome
Após o casamento de Pablo Severo Machado, realizado em dezembro, houve uma alteração formal no seu sobrenome. Anteriormente registrado como “Machado”, ele passou a adotar o sobrenome de sua esposa, passando a ser identificado oficialmente como Pablo Severo Cardoso.
