Polícia

Acusado de mandar matar adolescente de 13 anos degolado é preso

Suspeito teria exigido que seu sobrinho matasse a vítima como forma de batismo para ingresso em uma facção criminosa

A Delegacia Geral de Homicídios (DGH), da Polícia Civil, cumpriu, no início da tarde desta segunda-feira, 03, por volta das 13h, o mandado de prisão preventiva contra Ricardo de Souza, expedido pelo juiz Breno Jorge Portela Silva, titular da 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e da Justiça Militar do Estado de Roraima.

No dia 18 de maio, Rivaldo de Souza Costa, vulgo Verme, 19 anos, foi flagranteado pela Delegacia Geral de Homicídios pela prática do crime de homicídio da vítima Izaque Ferreira da Silva, 13 anos, crime cometido na companhia de um adolescente, J. de S. F., 16 anos.

O corpo de Izaque Ferreira da Silva foi encontrado às margens do Igarapé do Paca, na Av. Sol Nascente, s/n, bairro Raiar do Sol, por volta das 8h do dia 18.05.17. Rivaldo afirmou que cometeu o crime a mando de uma facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que queria a morte da vítima, por ser integrante de facção rival Comando Vermelho (CV).

As investigações na DGH seguiram quanto ao mandante apontado por Rivaldo, no caso, seu tio e irmão de criação, Ricardo de Souza. Foi então que o titular da DGH, delegado Cristiano Camapum, decretou a prisão preventiva de Ricardo, que teria exigido que seu sobrinho Rivaldo matasse a vítima como forma de batismo para ingresso em sua facção criminosa.

O CRIME- A vítima foi atraída para as margens do Igarapé por Rivaldo com a promessa de lhe repassar uma motocicleta furtada, sendo seguidos pelo adolescente infrator, sem que a vítima percebesse.

No local, o adolescente infrator surpreendeu a vítima por trás e a segurou. Então, Rivaldo pegou a vítima em um golpe de “mata leão” e fez com que a vítima “apagasse”. Aproveitando-se da inconsciência do adolescente, Rivaldo desferiu o primeiro golpe, no pescoço, tipo estocada, e um segundo golpe, também no pescoço, tipo corte, esgorjando a vítima. Depois, o adolescente infrator teria arrastado a vítima até às margens do Igarapé.

Antes do crime, Ricardo teria passado instruções via telefone para Rivaldo para cometer o assassinato. Ricardo foi interrogado pelo delegado Cristiano e negou envolvimento no crime, não sabendo indicar ou explicar o motivo de Rivaldo ter o acusado de ser o mandante.

Rivaldo e Ricardo foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e por usar recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.