Começou ontem, pela manhã, no Fórum Advogado Sobral Pinto, no Centro, o julgamento de nove dos 15 presos na Operação Bastilha, realizada em 2008 na Capital, após denúncias de assassinatos na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc). À época, Polícia Federal e Ministério Público do Estado (MPRR) investigaram um suposto grupo de extermínio que estaria agindo dentro e fora do sistema prisional.
Até o final da tarde de ontem, juiz, defensores, promotores e o júri escutavam depoimentos de testemunhas. Dos nove réus, três estavam sendo julgados: Oswaldo Rodrigues da Silva, João Celino Bastos de Oliveira, o “João Miséria”, e Anderson de Almeida Souza.
O advogado de defesa questionava uma testemunha sobre a morte de dois detentos na Penitenciária, em 2008, apelidados de “Degran” e “Pica-pau”. A juíza Joana Sarmento presidia o julgamento, que se estenderia madrugada adentro e poderia até recomeçar hoje, caso não fosse concluído nesta madrugada.
Na Operação Bastilha foram presos 15 acusados, entre eles policiais, agentes carcerários e detentos do sistema prisional. Juntos, segundo o MP, eles comandariam uma facção criminosa que atuava dentro e fora da Penitenciária Agrícola. Ainda segundo investigações, os réus também tinham envolvimento com o tráfico de drogas, crime organizado, extorsão e espancamento. (AJ)