Após a morte do albergado Fernando Carneiro dos Santos, de 29 anos, que aconteceu no Bloco A, leito 119 do Hospital Geral de Roraima (HGR), na madrugada da quinta-feira,15, um agente penitenciário que estava de plantão naquela noite registrou Boletim de Ocorrência (B.O) para reclamar que apenas dois profissionais não conseguem fazer a segurança de tantos presos.
No B.O, o comunicante relatou que somente dois agentes por noite fazem a ronda para efeito de vigilância dos detentos, e que isso é consequência do baixo efetivo de agentes penitenciários, considerando que diariamente as equipes de plantonistas precisam atender a outros estabelecimentos onde há presos, principalmente as Unidades Prisionais.
O agente ressaltou que, atualmente, seis pessoas estão internadas no HGR, no entanto, em blocos distintos, o que inviabiliza a vigilância. Após justificar, disse que na noite do homicídio, ele e uma agente foram acionados pelos funcionários do Hospital por causa de ocorrência de tiros dentro da Unidade.
Os agentes pediram apoio da guarda da PM que fica no Hospital para entrarem nas instalações e verificarem o ocorrido. Outros policiais foram chamados e quando as equipes entraram no Trauma, viram que Fernando estava recebendo atendimento médico. Buscas foram realizadas dentro do Bloco A, mas nenhum suspeito do crime foi localizado, e os pacientes não deram informações sobre a ocorrência.
GOVERNO – Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) informou que há o serviço de segurança patrimonial no HGR e, diante do ocorrido, solicitará o auxílio de força policial, para garantir a segurança da população que depende dos serviços ofertados pela unidade, e dos profissionais de saúde. (J.B)