Polícia

Albergado confessa crime de assassinato de vigia

Rafael Félix, de 21 anos, conhecia a vítima e disse que tentou vender uma bicicleta para o vigia em troca de tabaco, quando o crime ocorreu

O foragido da Casa do Albergado, Rafael Félix, também conhecido como “Galeguinho”, de 21 anos, confessou ter assassinado o vigia Waldecir Barreto, de 60 anos, a golpes de faca. O corpo da vítima foi encontrado pelo filho na segunda-feira pela manhã, 16, no galpão de construção em que ele trabalhava.

Rafael já tinha passagem na polícia pelos crimes de roubo e furto e tinha deixado de comparecer aos pernoites na Casa do Albergado, segundo ele “para passar mais tempo com a família”.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 17, na sede da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), o delegado Paulo Migliorin deu mais detalhes sobre o caso. Conforme o delegado, após terem encontrado o corpo da vítima, a equipe da DGH conseguiu ouvir alguns freqüentadores de um campinho próximo, conhecido como ponto de uso de drogas.

“Após ouvirmos alguns familiares e testemunhas, nós chegamos ao suspeito. Ele foi preso no domingo pelo pessoal da Força Tática e da Dicap (Divisão de Captura e Inteligência). Então hoje fizemos a condução do mesmo até essa unidade policial. Aqui ele foi informado de que a sua confissão ajudaria na sentença final do processo, então, ele resolveu confessar até por que todas as provas são contra ele. Ele confessou a autoria e disse que conhecia a vítima”, repassou o delegado.

A versão de Rafael é que ele teria consumido bebida alcoólica e em seguida, foi até o terreno onde Waldecir estava para entregar uma bicicleta para ele em troca de tabaco. Rafael teria pulado o muro e Waldecir não o teria reconhecido. “Ele não me reconheceu e puxou uma barra de ferro pra mim, aí pra eu me defender, eu puxei o meu mesmo e depois fugi”, respondeu o foragido.

A polícia confirmou que as barras de ferro citadas por Rafael são acessórios de uma barraca de acampamento e foram encontradas no local do crime. Rafael disse ainda que estava arrependido e pediu desculpas dos familiares da vítima, reforçando ainda que não sabia a razão dos objetos pessoais da vítima terem sido encontrados revirados.

Segundo a polícia, após a prisão de Rafael, o foragido deverá cumprir o restante da sua pena até o processo ser concluído. “Nós não fizemos a prisão em flagrante, então, ele retorna a unidade prisional onde estava cumprindo pena. Eu quero, dentro do prazo legal, concluir o procedimento e entregar ao Ministério Público”, concluiu o delegado.