Polícia

Albergado é acusado de estuprar a filha de 10 anos

Agentes da Polícia Civil que atuam no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA), na manhã desta terça-feira, atenderam a uma família que foi denunciar um caso de estupro praticado pelo pai biológico. De acordo com informações do tio da vítima, a menina, que hoje tem 10 anos, sempre morou com a mãe e o padrasto, mas há três semanas foi levada pelo pai biológico para passar uns dias com ele, no bairro União, zona Oeste. A partir daí, começaram a desconfiar do comportamento da criança.

O tio comentou que a menina não foi criada pelo pai, que é albergado do sistema penitenciário. “Se ele não sair daqui algemado, direto para a cadeia, eu não sei mais o que é justiça, porque é uma criança incapaz de se defender. Minha irmã está revoltada em saber que a filha dela foi violentada. A gente só não fez uma besteira porque conseguimos ter consciência para suportar a situação”, disse.

Os familiares destacaram que o acusado ameaçou de matar a criança caso contasse à mãe o que aconteceu. “Ele foi para frente da escola para pegar a filha, mas não mandamos para o colégio. Depois disso, ele começou a rondar a nossa casa para ver se ela saía. Como ela já é grandinha, sempre vai até a esquina comprar um pão, mas percebemos que ele estava no bairro, por isso não deixamos que a pequena saísse de casa”, reforçou.

O padrasto da vítima afirmou que o acusado o aponta como responsável pelo crime, no entanto, disse que cria a menina desde os 7 meses e que seria incapaz de cometer o ato. “Jamais iria fazer uma crueldade dessas, porque criei como se fosse minha filha”, ressaltou.

O pai da vítima, e acusado, que foi encaminhado pela Polícia Militar até o prédio do NPCA, disse que a criança chegou na casa dele e apontou o padrasto como abusador, que ele passava a mão nas partes íntimas da menina. “Agora, de uma hora para a outra, esse negócio vem para mim? Eu estou tranquilo, estou de consciência limpa. Pode fazer exame que não vai dar em nada”, disse.

Conforme a família, a menina contou aos parentes que o abuso sexual aconteceu faz três semanas na casa do pai. Um agente do NPCA destacou que, como não se trata de um flagrante, o pai da criança foi ouvido pela delegada e liberado, mas que está à disposição da Justiça. (J.B)