Após ser preso em uma perseguição policial que resultou em um acidente que vitimou o servidor público Lurene Rosas da Costa, um dos envolvidos, um imigrante venezuelano que foi conduzido à Central de Flagrantes apresentou nome falso na delegacia e foi descoberto pelos policiais.
Após uma minuciosa averiguação, enquanto estava sendo lavrado Auto De Prisão em Flagrante (APF) contra os três homens apresentados por policiais militares na Central de Flagrantes, os agentes do Setor de Investigação e Operação (SIOP) do 5º DP (Distrito Policial) descobriram três identidades diferentes do venezuelano suspeito, que já tinha passagem pelo sistema prisional, além de ter um mandado em aberto por porte ilegal de arma de fogo e envolvimento com o tráfico de drogas.
O caso aconteceu nesta segunda-feira, 22, e as diligências se encerraram durante a noite. Ao ser preso por uma guarnição da Polícia Militar, o venezuelano não tinha documento oficial e se identificou como G. J.Q, de 28 anos. Durante o procedimento os agentes perguntaram se ele possuía CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou se já havia sido preso no Brasil ou na Venezuela e ele negou.
Com as informações prestadas pelo homem, os policiais verificaram que havia um cadastro de CPF para um nome similar ao dado pelo conduzido, porém a data de nascimento e o nome da mãe eram diferentes.
Suspeitando das informações, os policiais aprofundaram as investigações e identificaram um terceiro nome similar, este G.Q.E., com data de nascimento e nome da mãe, também similares.
Contra este havia um mandado de prisão em aberto, decorrente de sentença penal condenatória transitada em julgado, com pena de cinco anos e seis meses, em regime semiaberto por porte ilegal de armas e tráfico de drogas, pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Comarca de Boa Vista.
Com a análise feita pelos policiais, foi constatado que G.J.Q e o condenado G.Q.E., eram, de fato, a mesma pessoa. Para confirmar, a equipe policial foi ao endereço apresentado pelo foragido e constatou que era falso, uma vez que a dona da residência afirmou que o local não é alugado e não conhece o venezuelano.
Confrontado, o suspeito admitiu que tinha passagem pela Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e negou fazer parte de qualquer organização criminosa.
Por fim, os policiais conseguiram identificar a esposa do venezuelano que apresentou o verdadeiro documento de identidade dele, este com um terceiro nome, sendo G. J. Q. R., de 28 anos.
Diante dos fatos foi cumprido o mandado de prisão contra o venezuelano G. J. Q. R. Além disso, foi lavrado contra ele e mais duas pessoas L. F. A. M e J. E. O. J., um APF pelos crimes de homicídio simples, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo, quanto à ocorrência em que se envolveu ontem.
ENTENDA O CASO – G. J. Q. R., 28 anos, foi conduzido à delegacia nesta segunda-feira, 22, após ter se envolvido em um acidente de trânsito, tendo como vítima fatal, Lurene Rosas da Costa, de 40 anos, no bairro Tancredo Neves, enquanto fugia de Policiais Militares.
Ele estava sendo monitorado enquanto negociava a venda de Peugeot 206, com mais duas pessoas, nas proximidades de uma agência bancária no bairro Asa Branca. De acordo com a PM, havia a fundada suspeita de que os suspeitos são integrantes de uma organização criminosa.
Abordados pelos policiais, os envolvidos tentaram empreender fuga, ocasionando o acidente e sendo capturados pela guarnição. No veículo, os policiais apreenderam duas pistolas 9mm e munições.