Polícia

Aposentada diz que superintendente do Incra a agrediu

A aposentada do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Aldenilza de Souza Fernandes, de 67 anos, procurou a Folha para dizer que foi agredida fisicamente pelo superintendente do órgão, Antônio Adésson Gomes dos Santos. O fato teria acontecido na terça-feira, dia 4, dentro do gabinete da superintendência.

Segundo Aldenilza, ela precisava conversar com Antônio Adésson sobre algumas questões e ficou aguardando a vez, na sala de espera, mas afirma que várias pessoas entraram no gabinete e ela não era chamada, apesar de ter sido anunciada ao superintendente. “Até o procurador do Incra entrou na sala e eu entrei junto, mas eu fui constrangida e humilhada. Ele me empurrou para fora da sala e me jogou como se fosse um objeto, dizendo ‘sai, sai, sai’. Tanto o procurador quanto a esposa foram testemunhas”, disse a aposentada.

Quando questionada sobre os motivos que o superintendente teria para agredi-la, Aldenilza afirmou que acredita ser por conta de ela ter se aposentado no período que era a diretora do Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra), o que poderia ter deixado Antônio Adésson contrariado.

A mulher procurou a Delegacia de Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O), relatando o caso e também apresentou para a reportagem a denúncia que formalizou no Ministério Público Federal (MPF), além disso, afirmou que procuraria o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), porque afirma ter servido ao órgão durante muitos anos e não aceitaria ser submetida a qualquer humilhação.

OUTRO LADO – O superintendente do Incra recebeu a reportagem da Folha, a fim de contar sua versão dos fatos. Ele negou que em qualquer momento tocou na ex-servidora e apenas pediu que ela aguardasse que seria atendida.

“Ela trabalhou comigo em muitos projetos de assentamento, por muitos anos. Quando se aposentou, estava como gestora do Sipra. Ela entrou junto com o procurador e eu pedi que ela esperasse um pouco mais que eu a atenderia. Eu nem encostei nessa mulher. Está fazendo injustiça comigo, denegrindo minha imagem em todos os lugares”, disse.

Por fim, o superintendente afirmou que a única razão para Aldenilza estar se movimentando contra ele foi o fato de não ter sido atendida no momento em que queria. “Eu nunca tive problemas com ela. Estou achando estranha a atitude que está tomando. Parece que está sendo induzida por alguém. Eu acho que ela não tem motivo para fazer isso. Fiquei abalado quando descobri que ela está me denunciando. Fui pego de surpresa. Vou abrir um processo contra ela porque está me agredindo”, concluiu Antônio Adésson. (J.B)