Polícia

Argentino é condenado a 24 anos de prisão por matar grávida em Roraima

Vítima tinha 23 anos e estava no sexto mês de gestação quando foi assassinada. Crime aconteceu em uma chácara da zona rural de Boa Vista

A 1ª Vara do Tribunal do Júri condenou o argentino Nestor Daniel Guzman, de 40 anos, à pena de 24 anos de prisão em regime fechado, mais 10 dias multa, pelo assassinato da esposa, a venezuelana Betzabeth Miguelina Adam Daza, em julho de 2018.

O réu foi condenado pelo júri popular pelos três crimes: homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, por aborto e ocultação de cadáver. O julgamento foi realizado na última quinta-feira (18), mas o resultado só foi divulgado neste sábado (20).

A vítima do feminicídio tinha 23 anos e estava grávida de seis meses quando foi assassinada. O crime aconteceu em uma chácara da zona rural de Boa Vista, onde eles viviam com os dois filhos dela. O corpo dela foi achado enterrado dentro da propriedade.

“Essa atuação do Poder Judiciário na Semana da Justiça Pela Paz em Casa é uma atuação muito importante. A sociedade demanda o Tribunal de Justiça sempre soluções céleres para os casos, principalmente os que envolvem violência doméstica, e para fazer frente a essa necessidade, o TJRR se organiza e propõe esforços, como a presente Semana, para fazer os julgamentos desses casos”, avaliou o juiz substituto Ruberval Oliveira Júnior, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

A sessão foi realizada presencialmente, mas o réu participou virtualmente, já que está preso no Acre desde setembro de 2018, dois meses após o crime.

No Tribunal do Júri, são selecionadas, a cada processo, 25 pessoas que devem comparecer ao julgamento. Destes, apenas sete devem compor o conselho de sentença, que definirá a responsabilidade do acusado pelo crime.

Ao final do julgamento, o magistrado que preside a sessão realiza a leitura dos quesitos que, em seguida, são colocados em votação. Depois, a sentença é proferida pelo juiz com base nos votos dos jurados.