Em depoimento prestado à Superintendência da PF (Polícia Federal) do Distrito Federal, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou que disparou uma arma de fogo acidentalmente no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. A informação foi confirmada ao portal UOL pelo advogado Luiz Carlos Neto, que atua na defesa do ex-ministro. O disparo aconteceu por volta de 17h, quando ele estava no balcão da Latam. Uma funcionária da Gol que estava no guichê ao lado foi atingida por estilhaços, mas sem gravidade, informou a empresa aérea.
Em depoimento à PF, o ex-ministro afirmou que, depois de abrir sua pasta de documentos, pegou a arma para separá-la do carregador “dentro da própria pasta” – momento em que teria ocorrido o disparo. À corporação, Ribeiro disse que, por medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, ele teria tentado desmuniciá-la dentro da pasta.
“Como havia outros objetos dentro da pasta, o local ficou pequeno para manusear a arma”, justificou o ex-ministro. “O projétil atravessou o coldre e a pasta e se espalhou pelo chão”, disse.
‘Incidente foi por cuidado excessivo’, diz defesa
O advogado Luiz Carlos Neto, que atua na defesa de Milton Ribeiro, afirmou que a PF já devolveu a arma de fogo ao ex-ministro.
Ele informou que o ex-chefe do MEC se deslocava de Brasília para São Paulo em razão da mudança de domicílio, após entregar o apartamento funcional.
Milton deixou o cargo em 28 de março, uma semana depois da divulgação de áudio em que ele afirmava que o governo federal priorizava prefeituras ligadas a dois pastores que não têm vínculo formal com a gestão pública.
Quando assumiu a pasta, em julho de 2020, ele era visto como um perfil discreto em relação ao antecessor Abraham Weintraub.
Nota de defesa de Milton Ribeiro
“A arma já foi devolvida pelo delegado da Polícia Federal ao ex-ministro Milton Ribeiro porque prevaleceu o entendimento de que tudo não passou de um acidente provocado por um cuidado excessivo de não tirar a arma de dentro do bolso em público, a fim de não expor nem constranger as pessoas presentes – e também devido ao zelo de não circular com sua arma carregada.
Trata-se de um incidente passado, que não afetou ninguém e que ocorreu enquanto ele deixava seu apartamento funcional, em Brasília, durante processo de mudança para São Paulo.”
*Com informações do portal UOL