Polícia

Autor de duplo homicídio do Cantá diz que matou porque foi desdenhado

Policiais civis e militares cumpriram, na manhã de terça-feira, o mandado de prisão preventiva contra Wellington Amazonas Silva e Almeida, 24 anos, no bairro Olímpico, zona Oeste da Capital. Policiais civis da Delegacia do Município do Cantá, com auxílio de policiais civis do Núcleo de Inteligência do Departamento de Narcóticos (NI/Denarc) e de policiais militares do programa Ronda no Bairro deram cumprimento ao mandado.

Conhecido como “Goiano”, ele é acusado de dois homicídios ocorridos na vicinal I da região da Confiança III, a cerca de 90 quilômetros da sede do Cantá, na tarde de domingo. Após mais de 24 horas de diligências sem obter êxito, no início da noite de segunda-feira o delegado Luciano Silvestre pediu a prisão preventiva do acusado, tendo o Ministério Público emitido parecer favorável e o magistrado da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Boa Vista expedido o mandado de prisão preventiva.

“Goiano” levou os policiais civis até o Rio Cachorro, próximo à Vila Serra Grande II, local onde jogou o revólver utilizado para matar os dois homens, Elinaldo Lima da Silva, vulgo “Nicodemos”, de 36 anos, e Juvério da Costa Queiroz, 22 anos.

Os policiais não localizaram a arma de fogo. No interrogatório prestado na delegacia, o acusado confessou os dois homicídios e disse que o motivo do crime foi em razão de ele ter limpado a casa sede da fazenda e, depois, as duas vítimas terem entrado no local com as sandálias sujas de lama.

Ao reclamar, os dois teriam desdenhado de “Goiano”, razão pela qual ele dirigiu-se até o quarto, pegou o revólver e efetuou dois disparos em cada vítima. O homicida nega ter colocado gasolina na casa e incendiado o local. Alegou que, após matar os dois, fugiu do local, porém esqueceu uma panela no fogo. Acredita que esta panela deixada por muito tempo no fogão ocasionou o incêndio, destruindo a casa e carbonizado uma das vítimas, “Nicodemos”. (J.B)