Com as constantes ameaças feitas por integrantes de facções criminosas contra policiais militares, alguns PMs decidiram fazer registro de Boletim de Ocorrência (B.O.) e solicitar que investigações sejam iniciadas a fim de coibir a ação dos criminosos, que passaram a pichar muros de residências e prédios públicos com palavras direcionadas à polícia em tom de ameaça.
Na manhã de quinta-feira, dia 1º, um soldado da Polícia Militar procurou o 4º Distrito Policial para comunicar que, em um da zona Oeste, está sendo ameaçado por um grupo de adolescentes, jovens e adultos que residem na mesma rua onde ele mora.
Alguns deles são vizinhos, moradores de uma casa onde possivelmente funcionava um ponto de venda e distribuição de entorpecentes e prostituição. Ele relatou que, na quarta-feira, dia 30, quando saía de sua residência, observou que o muro da casa estava pichado com a seguinte mensagem: “Nois mata Poliça [sic]”.
O policial afirmou que o fluxo de pessoas estranhas é intenso no local, durante todo o dia e à noite. Alegou que é hostilizado frequentemente por membros desse grupo e, diante da ameaça, pediu providência. Na manhã de ontem, a inscrição havia sido borrada e descaracterizada, sobrando apenas alguns rabiscos.
CAIMBÉ – Outra situação de ameaça foi escrita nas paredes do prédio da Cozinha Industrial, no bairro Caimbé, também na zona Oeste, onde os pichadores, que supostamente integram a facção criminosa do Comando Vermelho (CV), escreveram um texto que seria direcionado à polícia. “Se não pararem de oprimir nossos irmãos no sistema, alguém vai pagar o prejuízo. Ass: CV”. Não se sabe a data exata da pichação.
Com a intensificação de ocorrências envolvendo policiais e facções criminosas, a orientação do Comando da Polícia Militar, no mês passado, foi de que todos os PM’s mantivessem atenção ao sair e enquanto estivessem em casa para não serem surpreendidos pelos bandidos.
Além disso, há um confronto entre as organizações criminosas intituladas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC), inclusive com mortes de 12 detentos no último dia 16 de outubro deste ano. (J.B)