Polícia

Bandidos aproveitam pontes para assaltar motociclistas e pedestres

Estudantes e até crianças não escapam da ação dos bandidos, que agem em pontes nos bairros mais afastados do Centro

Bandidos voltaram a assaltar em cabeceiras de ponte e em caminhos que cortam buritizais nos bairros da zona Oeste da cidade. Os ataques a pedestres e motociclistas ocorrem com mais frequência à noite. As vítimas em potencial são mulheres e adolescentes.
A Folha recebeu, ao longo do mês passado, várias denúncias de ataques de bandidos, principalmente em pontes na periferia da Capital. Ontem à tarde, a equipe de reportagem foi a esses locais, conversou com moradores e constatou a insegurança. No final da avenida Hommel, divisora dos bairros Centenário e Araceli, zona Oeste, assaltantes atacam nas cabeceiras de uma ponte de madeira. Não há iluminação pública no local e a vizinhança também denuncia a falta de policiamento.
“Já é comum aí, nessa ponte, as pessoas serem assaltadas. Os ladrões se escondem debaixo dela e atacam quando as pessoas passam. A gente escuta grito de socorro de vez em quando. É um perigo à noite”, alertou uma moradora que preferiu não se identificar.
Nas imediações do local há inúmeros barracos. Moradores denunciam que alguns deles funcionam como boca de fumo. Quem ataca na ponte, segundo os denunciantes, é viciado que quer dinheiro para comprar mais droga. “Eles roubam celular, joia, dinheiro ou qualquer coisa que tenha valor. A maioria é jovem que fuma droga. Pedimos mais segurança por aqui, pois somos trabalhadores e temos família”, frisou.
A ponte de madeira tem aproximadamente 15 metros e parte dela está deteriorada, por isso motociclistas e ciclistas são obrigados a reduzirem a velocidade, quando se tornam alvos fáceis dos bandidos. “Eu já fui assaltado nesta ponte. Levaram meu celular e minha carteira. Prestei queixa na polícia, mas os ataques continuam. Precisamos de mais policiamento aqui”, reivindicou o autônomo Zacarias Filho, de 49 anos, morador do bairro Centenário. (AJ)