Bandidos sequestram bancário em busca de malote

Com as facções criminosas disputando o poder, nem sempre as vítimas são indivíduos dos grupos rivais. No intuito de arrecadar dinheiro para ser movimentado pelo bando, os elementos assaltam quem está nas ruas e muitas vezes fazem uma investigação da rotina de empresários e de quem trabalha em agências bancárias.

No fim da tarde da segunda-feira, dia 29, por volta das 17h30, um bancário saía da agência onde trabalha, na avenida Ataíde Teive, bairro Asa Branca, zona oeste da Capital e, enquanto caminhava em direção ao seu veículo, foi rendido por dois elementos e forçado a entrar no carro de sua propriedade. A todo instante, os bandidos perguntavam sobre um malote de dinheiro de um empresário.

A dupla insistia e disse que sabia da existência do malote. Eles obrigaram o homem a dirigir até a casa dele, para saber se o malote não estaria escondido por lá, no entanto, quando chegaram ao endereço da vítima, notaram que pessoas estavam trabalhando e desistiram de entrar na propriedade.

Eles continuaram transitando pelas ruas até chegarem à região do Residencial Vila Jardim, onde o bancário foi libertado. Os bandidos se autodenominavam membros do crime organizado e fugiram no veículo da vítima, modelo Chevrolet/Prisma, cor banca, levando sua carteira com documentos pessoais, cartões bancários, um celular, uma cadeira de criança e um relógio de pulso.

A vítima deu as características dos bandidos, informando que um deles era branco, usava óculos e tinha uma tatuagem grande no braço. O comparsa era moreno, magro e portava a arma de fogo, tipo revólver.

Uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, tinha sido acionada via Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) para averiguar a ocorrência de sequestro e encontrou o bancário no Anel Viário, sentido RR-205, próximo ao Vila Jardim. O caso foi registrado na Central de Flagrantes do 5º DP e está sob investigação da Polícia Civil. Nenhum suspeito do crime foi preso até o fim da tarde de ontem, dia 30, nem o veículo localizado. (J.B)