Uma fila imensa na entrada da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC) marcou a festa do dia dos pais, promovida pelo Governo de Roraima. A fila foi alvo de reclamações.
Milhares de pessoas com crianças de colo tentavam entrar no presidio e não conseguiram por conta da revista e do fato de que apenas 10 pessoas entravam por vez.
“Imagina nesse calor o nosso sofrimento”, disse a mulher de um detento que estava com a filha de 2 anos no colo. Ela pediu para não ser identificada.
Uma grande quantidade de bebidas também foi apreendida por agentes penitenciários no lado de fora do presídio.
Segundo informações recebidas pela Folhaweb, uma caixa de isopor cheia de cervejas, bebidas quentes como montila e outras drogas foi apreendida antes de entrar na PAMC.
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As bebidas estavam com gelo e picolé por cima e o suspeito, Wesley Mariel Couto Cavalcante, deixou a caixa no lado de fora do portão e saiu, mas foi detido quando tentava deixar o presidio.
Outra denúncia feita para a Folhaweb foi em relação a dispensa da revista realizada nos alimentos e visitantes dos presos “Dificultou nosso trabalho hoje. Liberaram a entrada de pessoas sem o cadastro por conta de acordos com chefes de ala que já queriam fazer rebelião. Essa festa não deveria ser permitida”, disse um dos agentes que também não quis ser identificado com receio de sofrar represália.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação do governo informou que não houve em momento algum, qualquer recomendação por parte da direção do presídio, de suspensão de revista ou cobrança de cadastro dos visitantes, como denunciado.
“As atividades realizadas neste final de semana na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo fazem parte do Mutirão Projeto Cidadania, uma realização do Governo do Estado e instituições parceiras, que visam disponibilizar atendimentos com médico infectologista, palestras e cortes de cabelo aos reeducandos. A programação teve campeonato de futebol, onde os familiares dos reeducandos participaram, como forma de ressocialização, conforme determina o Código Penal”, conclui a nota.
