APONTA FORÇAS DE SEGURANÇA

Cal foi usado por criminosos para esconder mau cheiro de corpos enterrados em 'cemitério clandestino'

Polícia Civil agora busca identificar as vítimas

Informação foi dada durante entrevista coletiva (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
Informação foi dada durante entrevista coletiva (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

Criminosos usavam Hidróxido de Cálcio, um composto químico conhecido como Cal, para esconder o mau cheiro dos corpos enterrados no ‘cemitério clandestino’, encontrado nessa segunda-feira, 20, no bairro Pricumã. A informação foi dada pela Delegada Geral, Darlinda Moura, durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 21.

“Como a gente sabe o Cal diminui o cheiro e dificulta a localização. Os criminosos pensaram nisso ao ocultar os cadáveres”, pontuou a delegada.

Cinco corpos foram encontrados no local, três deles foram identificados como sendo de mulheres. Segundo Darlinda Moura, um dos corpos já estava esqueletizado, e indica que estaria enterrado no local a aproximadamente 6 meses.

“O que temos até agora, é que entre os corpos estão, dois corpos femininos jovens, que foram encontrados numa mesma cova, um dos corpos masculino teve as partes íntimas amputada, um masculino com perfuração a faca. Até então a polícia acreditamos que todos os corpos foram mortos a faca”, acrescentou.

Cinco corpos foram encontrados no local Foto: Marília Mesquita/FolhaBV

Ainda durante a entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública, Ellan Wagner, disse que as forças de segurança vão montar um plano estratégico para solucionar o caso. “Vamos nos unir para dar a resposta que a sociedade precisa a respeito desse caso que chocou a população de Roraima”, disse.

O delegado titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), João Evangelista, disse que dois dos homens que foram detidos durante as buscas, foram liberados, e os outros dois autuados por organização criminosa, ocultação de cadáver, e ameaça.

Ainda segundo o delegado, o homem que indicou o local onde as covas estavam, também foi liberado e orientado a não retornar para o local onde morava.

Segundo o delegado da DGH, que conduz as investigações, Luís Fernando, todos os detidos residiam na ocupação que fica ao lado da área onde os corpos foram encontrados.

Participaram também da coletiva, o comandante da Polícia Militar, Miramilton Goiano, a delegada Mirian Di Manso, e o secretário de Justiça e Cidadania, Hércules Pereira.