Um caminhoneiro de 61 anos, apontado como integrante de uma organização criminosa responsável pelo transporte de drogas entre o Norte e o Centro-Oeste do Brasil, foi preso nessa terça-feira, 10. A ação, que também resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão, integrou a operação Dog Head, deflagrada pela Polícia Civil de Roraima e do Distrito Federal.
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia de Repressão ao Entorpecentes (DRE), Júlio César da Rocha, a prisão aconteceu no bairro Airton Rocha, Zona Oeste da capital roraimense. Ele afirmou que o o caminhoneiro S. B. F. era considerado um dos responsáveis pela logística de transporte do grupo criminoso.
A ação contou com a participação de Policiais da DRE, do Denarc (Departamento de Narcóticos), do GRT (Grupo de Resposta Tática) e do Decor (Departamento de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil do Distrito Federal.
O delegado do Decor, Diogo Cavalcante, revelou ainda que o S.B.F. atuava no transporte de grandes quantidades de entorpecentes, sendo uma peça-chave na distribuição da droga para outras regiões do país, como o Nordeste.
A operação coordenada em Brasília pretendeu cumprir, ao todo, 78 mandados judiciais, sendo 25 de prisão temporária e 53 de busca e apreensão. A ação mirou nos integrantes de uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas interestadual e lavagem de dinheiro, com atuação no Distrito Federal e ramificações em outras unidades do país.
Além das prisões em outros estados, a operação resultou na apreensão de drogas e na coleta de elementos de provas contra os envolvidos. Contas bancárias relacionadas à organização criminosa também foram bloqueadas, além da apreensão de bens utilizados no esquema.
O caminhoneiro foi encaminhado à sede da DRE, onde teve o mandado de prisão formalizado e será apresentado na Audiência de Custódia nesta quarta-feira, 11.
Operação Dog Head
A Polícia Civil informou que a operação recebeu o nome Dog Head em referência a uma região conhecida como Cabeça do Cachorro, localizada no extremo noroeste do Brasil, na divisa com a Colômbia, Peru e Venezuela, no Estado do Amazonas. Essa área é considerada estratégica para o tráfico de drogas, atuando como ponto de passagem e distribuição de entorpecentes adquiridos pelas organizações criminosas.
Segundo o delegado Diogo Cavalcante, as investigações apontam que a organização criminosa utilizava empresas fictícias na região da Cabeça do Cachorro para movimentar grandes somas de dinheiro, direcionadas à compra de drogas e ao fortalecimento das atividades ilícitas da facção.