Carga de dinamite é interceptada em Jundiá

Mais de 6.500 bananas de dinamites foram apreendidas na madrugada de ontem, no Posto de Fiscalização da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz), na Vila do Jundiá, Município de Rorainópolis, na divisa de Roraima com o Amazonas, Sul do Estado. A carga foi encontrada por fiscais da Sefaz e apreendida por policiais militares. O material iria ser transportado para Boa Vista por uma equipe do Exército Brasileiro e por policiais civis e militares. É a maior apreensão de dinamite feita em Roraima.
De acordo com o delegado titular de Rorainópolis, João Luiz Evangelista, que está à frente das investigações, a apreensão foi resultado de uma abordagem rotineira dos fiscais da Sefaz, pois havia uma informação dando conta de que veículos com irregularidades na carga, tipo carga fracionada, passariam pelo local. “É como se o motorista do caminhão estivesse com uma nota para três cargas. Durante a abordagem de um dos veículos, verificou-se que debaixo de uma carga de ração de peixes continham caixas acondicionando explosivos”, disse.
O veículo é um caminhão Mercedes 1620, na cor branca, de placa NAP-7003, com capacidade para 14 toneladas. Segundo o delegado, havia risco na carga se mexida por quem não fosse profissional especializado. Ficais e policiais militares, até ontem à tarde, aguardavam no Posto do Jundiá uma equipe do Exército Brasileiro, que faria a acomodação adequada da carga e o transporte para Boa Vista.
Somente após a remoção do explosivo se saberá a quantidade exata de bananas de dinamite. O delegado está solicitando, por ofício, que o explosivo fique custodiado no Exército Brasileiro, porque a Polícia Civil não tem local adequado para guardá-lo. “Se toda a parte debaixo da carga de ração estiver acondicionando caixas com explosivo, daria uma média de 130 caixas contendo 50 dinamites em cada uma. São bananas em forma cilíndrica, que chamamos popularmente de banana de dinamite, do tipo emulsão”, explicou o delegado.
Segundo ele, a Polícia Civil já tem a identidade do proprietário do caminhão e também do motorista, que fugiu do local no momento em que os fiscais faziam a revista no veículo. Entretanto, os nomes ainda são mantidos em sigilo para não comprometer as investigações. “A investigação agora é para identificar como a carga chegou até Roraima, sua origem e seu destino. A equipe de Patrulhamento da Força Tática de Rorainópolis foi quem fez as primeiras diligências e estamos coordenando os trabalhos aqui no Jundiá”, disse.
Quanto ao uso do explosivo, o delegado esclareceu que as investigações é que vão apontar. Entretanto, há uma infinidade de utilização para o explosivo, que pode ser empregado em pedreiras, extração irregular de madeira, em garimpo ou até mesmo pelo crime organizado. “A maior preocupação agora é a custódia desta carga, retirar daqui do Jundiá em virtude do perigo que o explosivo oferece”, disse.
O secretário de Segurança Pública, Amadeu Soares, informou que o Comando da Polícia Militar encaminhou reforço para o Jundiá e que todo o produto será transportado para Boa Vista, com o apoio do Exército Brasileiro e periciado por profissionais especializados em explosivos do Instituto de Criminalística de Roraima. (AJ)