Caso Surrão: Capitão da PM suspeito de elo com morte de casal é solto após 5 meses

Magistrado também determinou a aplicação de medidas cautelares ao acusado. Decisão foi publicada após audiência realizada nesta terça-feira

O capitão da PM, Helton John, em vídeo no qual diz ser perseguido (Foto: Reprodução)
O capitão da PM, Helton John, em vídeo no qual diz ser perseguido (Foto: Reprodução)

O juiz Breno Jorge Portela Silva Coutinho, da 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, decidiu conceder liberdade provisória ao capitão da Polícia Militar, Helton John Silva de Souza. Ele, que estava preso desde 10 de maio, é réu por ser um dos suspeitos de envolvimento na morte do casal de agricultores Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci de Souza na vicinal do Surrão, no Município de Cantá, Norte do Estado.

O magistrado também determinou a aplicação de medidas cautelares ao acusado, como não se ausentar de Boa Vista e não ter contato com os demais investigados. O processo corre em segredo de justiça.

A decisão foi proferida após audiência de instrumento e julgamento realizada nesta terça-feira (22), que reuniu ainda outros dois acusados de envolvimento, Genivaldo Lopes Viana e Johnny de Almeida Rodrigues. Cada um deles esteve acompanhado de dois advogados.

O encontro também contou com sete testemunhas de defesa dos acusados e dois promotores de Justiça, que após o interrogatório, solicitaram diligências. O juiz do caso concedeu até três dias para o Ministério Público e as defesas dos investigados se manifestarem sobre esse pedido.

Até o momento, Caio de Medeiros Porto é o único suspeito foragido desde o crime. Segundo a Polícia Civil, o assassinato ocorrido em 23 abril teria sido motivado pela disputa por uma área equivalente a 167 campos de futebol.

Em depoimento de 27 de junho, Helton Jhon, que foi segurança do governador Antonio Denarium (Progressistas), detalhou como aconteceu o crime ao dizer que Caio atirou no casal. “Gritei três vezes não, não, não”, disse ele, relatando ainda que confessou ao delegado que escondeu a arma do crime, em uma edícula na própria casa, segundo ele, para que Caio não se desfizesse do objeto.