Polícia

Cinco são presos acusados de explorar garota de 13 anos

O tio e padrinho da adolescente trazia homens da Guiana para ter relação sexual com a menina

Uma ação da Polícia Civil que teve início às 6 horas desta segunda-feira, dia 03, resultou na prisão de cinco pessoas suspeitas de envolvimento na exploração sexual de uma menina de 13 anos. O trabalho foi realizado em Boa Vista e em duas localidades no município de Bonfim, por agentes do NPCA (Núcleo de Proteção a Crianças e ao Adolescente), com o apoio tático e operacional do DOPES (Departamento de Operações Especiais) por meio do GRT (Grupo de Resposta Tática) e dos agentes do Plantão Diferenciado da Polícia Civil.

Foram presos na comunidade de Bom Jesus, no município de Bonfim o tio e padrinho da garota, R. A. de S., de 39 anos e, ainda C. J. R., de 35 anos, e a tuxaua da comunidade S. A. de 34 anos.

Na sede do município de Bonfim foi preso C. W. C. M., de 49 anos, e em Boa Vista, os agentes cumpriram mandado de prisão contra A. C.A. S., de 27 anos.  Todos suspeitos pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do CPB.

De acordo com a delegada titular do NPCA, que coordenou a ação, Jaira Farias, a garota tem um histórico de abuso sexual. No ano de 2017, a própria mãe e o padrasto foram acusados de explorarem sexualmente a menina, que tinha 11 anos naquela ocasião. A mulher foi presa pela Polícia Civil e condenada pela Justiça a 38 anos de reclusão. O Padrasto fugiu de Roraima e há informes que tenha se escondido na Guiana.

Com a prisão da mãe da garota, a guarda dela ficou sob a responsabilidade de uma irmã, que há dois meses procurou a Polícia Civil para relatar que estava achando estranho o comportamento da menina e alguns problemas de saúde que ela estava enfrentando.

As investigações tiveram início e com a oitiva da garota e outras diligências realizadas, a delegada Jaira solicitou a prisão de cinco pessoas.

O tio e padrinho da adolescente, é acusado de trazer homens da Guiana, que faz fronteira com Roraima, para ter relação sexual com a menina.

Os demais presos são familiares que, segundo as investigações e declarações da vítima, viam e sabiam de tudo, mas eram coniventes com a situação.

“As prisões preventivas foram solicitadas de acordo com os relatos da vítima e as investigações ainda vão continuar para que possamos concluir a materialidade do caso”, disse a delegada.

Após serem ouvidos na delegacia, os presos foram encaminhados à Cadeia Pública de Boa Vista, onde permanecerão à disposição da Justiça.