O que deveria ter sido uma noite de ‘diversão’ entre amigos, virou caso de polícia com quatro pessoas conduzidas à delegacia, entre elas uma estudante de enfermagem, de 23 anos, que acabou autuada em flagrante pelo crime de injúria racial.
O caso ocorreu em um motel no bairro Centenário, zona Oeste, durante a madrugada desta segunda-feira (15). Conforme a Polícia Militar (PM), a equipe do 1º Batalhão foi acionada por volta de 1h10 pela recepcionista do local, uma mulher negra de 34 anos, porque ninguém quis pagar R$ 180 pelo uso de um dos quartos por duas horas.
Tudo teria começado quando a estudante convidou duas amigas, de 24 e 28 anos e o namorado dela mesma, um músico de 34 anos, para passarem a noite na pousada. O grupo teria ingerido bebidas alcoólicas desde a tarde do domingo (14).
Segundo uma fonte policial, o homem teria ficado estressado porque a estudante não deixou que ele ‘participasse da brincadeira’ e o casal iniciou uma discussão. O músico saiu em direção ao lado de fora do motel e foi seguido pela namorada, que estava completamente despida.
A estudante, de acordo com a PM, teria dito a recepcionista que iria embora por não ter dinheiro para pagar o quarto e queria que ela abrisse o portão, momento em que começou o desentendimento. Com os ânimos alterados, a jovem teria chamado a funcionária de “empregadinha” e dito que o cabelo dela era “fuá”.
Com a chegada da guarnição, todos receberam voz de prisão e foram conduzidos ao 5º Distrito Policial. A reportagem da FolhaBV apurou que as amigas e o namorado foram liberados após prestar depoimento.
Durante interrogatório, a estudante de enfermagem negou as acusações de injúria racial e disse que tinha sim dinheiro para pagar, mas seus cartões tinham sumido. Entretanto, como a recepcionista decidiu representar criminalmente contra a jovem, ela ficou detida na carceragem até a manhã de ontem quando passou por audiência de custódia.
A juíza plantonista concedeu a liberdade provisória a estudante com medidas cautelares e com a condição de pagamento de fiança de R$ 1.045,00. Porém, o valor não foi pago e a jovem permaneceu presa.