Corpo de criança ficou dentro de casa por mais de 30 horas e mãe poderá responder por negligência

Segundo a Polícia, a mulher passa por uma série de problemas, entre eles violência doméstica, possível depressão pós-parto e em estado psicológico fragilizado

O corpo da criança estava enrolado em um lençol, já em estado de rigidez cadavérica, putrefação e com bichos na face (Foto: Divulgação)
O corpo da criança estava enrolado em um lençol, já em estado de rigidez cadavérica, putrefação e com bichos na face (Foto: Divulgação)

A Perícia da Polícia Civil constatou que Joselyn Francier Paz Sanz, de 4 anos, ficou morta dentro de casa por pelo menos 30 horas. Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente investigará o caso.

O corpo da criança estava enrolado em um lençol, já em estado de rigidez cadavérica, putrefação e com bichos na face. O caso ocorreu nessa quarta-feira, 3, Travessa Francisco Sales Vieira, no bairro Nova Canaã.

Travessa Francisco Sales Vieira, bairro Nova Canaã, onde a criança residia (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

A mãe da criança deverá responder por negligência, abandono de incapaz com resultado morte, já que a menina precisou de atendimento médico e a mãe não pediu ajuda. De acordo com a polícia, a criança morreu e a mãe apenas a mudou de cômodo.

A Delegacia Geral de Homicídios (DGH) ouviu a mulher ainda na quarta-feira. Em oitiva, a mulher relatou que a criança estava doente e morreu em casa.

As investigações para esclarecer a conduta dela estão sendo analisadas pela Polícia Civil, informou o órgão.

Em seu relato, foi constatado que a mulher, que tem cinco filhos, sendo outros dois mais novos do que a que morreu, inclusive um de três meses, passa por uma série de problemas, entre eles violência doméstica, possível depressão pós-parto e em estado psicológico fragilizado.

Foi realizada a perícia no local, o corpo da criança foi conduzido ao Instituto de Medicina Legal e os levantamentos do local de crime. A mulher foi liberada e o caso continuará em investigação, sendo encaminhado para a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Estiveram no local policiais militares e civis (Foto: Divulgação)