A suspeita da polícia, de que o corpo encontrado dentro de um saco era de uma travesti, foi confirmada nessa segunda-feira, 20, quando familiares procuraram o Instituto de Medicina Legal (IML) e fizeram o reconhecimento do cadáver, afirmando que a vítima era conhecida pelo nome social de “Letícia”, mas que seu nome de nascimento é Davi Mateus Leonardo Pereira de Oliveira, de 17 anos.
O irmão do adolescente revelou que desde a sexta-feira, dia 17, ele não foi mais visto e que a família conseguiu apurar que a vítima passou o dia bebendo em um bar e que saiu do local na garupa de uma moto pilotada por um desconhecido e não voltou para casa até a noite do domingo, dia 19. Apenas na manhã de ontem, dia 20, os familiares foram informados por membros da Associação de Travestis e Transexuais de Roraima (ATERR) que o corpo poderia ser de “Letícia”.
“Sabemos que a insegurança e a violência têm crescido em nossa cidade, mas não podemos nos calar diante de um crime que, além de atentar contra os direitos humanos, tirando a vida de alguém tão jovem, ainda ataca a própria dignidade humana na expressão de sua diversidade, produzindo efeitos negativos não apenas na vítima, mas em toda a comunidade de pessoas Trans de Roraima”, frisou a entidade.
Para sanar as dúvidas, os familiares foram até o Instituto de Medicina Legal (IML) e depois de reconhecer o corpo, e confirmar a identidade, foi liberado para realização de funeral e sepultamento. A família recebeu o laudo do médico-legista e tomou ciência de que a morte foi causada por asfixia mediante estrangulamento com um pedaço de borracha.
O CASO – Na manhã do domingo, dia 19, um corpo do sexo masculino foi encontrado dentro de um saco de fibra que foi coberto por galhadas e estava nos fundos do quintal de um ponto comercial que fica na avenida Felinto Barbosa Monteiro, bairro Santa Luzia. A vítima estava amarrada em posição fetal e pelo corpo tinha perfuração de faca e uma borracha amarrada ao redor do pescoço. O caso está sendo investigado pela Delegacia Geral de Homicídios (DGH). Ninguém foi preso até o fim da tarde de ontem. (J.B)