Polícia

Criança de 2 anos é entregue à polícia ao ser encontrada sozinha pelas ruas

Um menino de 2 anos foi encontrado por um morador do bairro Jardim Primavera, na zona Oeste, enquanto caminhava sozinho pela Avenida Piscicultura. A Polícia Militar foi chamada e, em seguida, o Conselho Tutelar foi acionado para atender o caso. A criança foi levada para a Delegacia da Polícia Civil, onde ficou constatado que ela era vítima de maus-tratos possivelmente praticados pela mãe.

Quem fez o registro da ocorrência no 5º Distrito Policial foi um conselheiro tutelar, que disse ter sido comunicado pela polícia que havia uma criança em situação de risco e abandono. Disse que um senhor foi quem encontrou o menino perambulando pela rua e que, meia hora depois de ter sido achado, uma senhora apresentou-se como responsável pelo menino e que ele estaria sendo maltratado pela mãe.

Um tio materno explicou ao Conselho Tutelar que sua irmã é usuária de drogas e que tem mais dois filhos, um de 5 anos e outro de 1 ano. Ela não trabalha e nem recebe qualquer assistência suficiente para o sustento, sendo mantida por familiares que, compadecidos com as crianças, ajudam com a compra de alimentos.

A criança foi levada à delegacia para que a autoridade policial tomasse conhecimento do caso e apontasse uma providência. Quando ouvida pela delegada de plantão e questionada sobre as marcas e hematomas na região do tórax, afirmou que a mãe teria sido a causadora dos ferimentos. O menino apresenta uma lesão no olho esquerdo, além de queimaduras no peito, que parecem ter sido causadas por cigarro.

Conforme a polícia, apesar de o menino ter 2 anos, até hoje não possui registro de nascimento ou qualquer outro documento que comprovem seu nome e paternidade. O procedimento iniciado na Central de Flagrantes do 5º Distrito Policial foi despachado para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA), para que uma investigação seja iniciada e os responsáveis pelo menino responsabilizados, caso haja confirmação do crime.

Depois de passar por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), a criança foi entregue aos cuidados do tio, que precisou assinar um termo de responsabilidade. (J.B)